Bispos dos EUA apóiam emenda constitucional para esclarecer que matrimônio é entre homem e mulher

WASHINGTON DC, 17 de mar de 2006 às 15:27

A Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), através de seu Comitê Administrativo, apoiou mediante um comunicado intitulado "Promover, Preservar e Proteger o Matrimônio" a lei que busca emendar a Constituição para precisar que o matrimônio é a união entre um homem e uma mulher.

"A Igreja Católica acredita e ensina que o matrimônio é uma união fiel, exclusiva e para toda a vida de um homem e uma mulher; que se unem em amizade íntima de vida e amor. O matrimônio existe para que os esposos possam crescer no amor mútuo e pela generosidade de seu amor, tragam filhos ao mundo e sirvam plenamente à vida" afirmam os bispos no comunicado.

"Além disso, acreditam que a instituição natural do matrimônio foi abençoada e elevada por Jesus Cristo à dignidade de sacramento. Por essa razão, o amor de um marido e sua esposa se converte na viva imagem do Senhor que ama pessoalmente os seus e se une a eles. Deus é o autor do matrimônio. É uma relação de pessoas e uma instituição da sociedade".

Por isso, os prelados dos EUA manifestam que é seu dever "como pastores e mestres –responsabilidade que compartilhamos com os fiéis cristãos e todas as pessoas de boa vontade– promover, preservar e proteger o matrimônio como é a vontade de Deus; e as gerações entenderam e viveram; e que serviu ao bem comum da sociedade".

"Em um momento em que a vida familiar está sob tanta pressão, a defesa do matrimônio é uma urgente necessidade para assegurar o florescimento das pessoas, o bem-estar das crianças e o bem comum da sociedade" destacam os bispos.

Os prelados destacam que a defesa do matrimônio deve se concentrar na importância deste; e não na homossexualidade ou outros assuntos. "O ensinamento da Igreja sobre a dignidade da pessoa homossexual é clara. Devem ser tratadas com respeito, compaixão e sensibilidade. Ao que se conhece como ‘uniões homossexuais’, porque não expressam a total complementaridade humana e porque inerentemente não pode procriar, não pode receber o status de matrimônio", advertem.

Depois de fazer um chamado aos católicos para defender o matrimônio, os bispos expressam que fazem isto em seu "ensinamento e pregação, mas também em sua defesa pública a nível nacional e estatal e no importante diálogo sobre a melhor maneira de proteger o matrimônio na Constituição dos Estados Unidos e na sociedade toda".

Por tal motivo, oferecem seu "apoio total à Emenda Federal do Matrimônio para a Constituição enquanto continuamos nosso trabalho para proteger o matrimônio nas legislaturas estatais, corte, Congresso e demais foros apropriados".

Finalmente, manifestam sua firme oposição "a todas as tentativas legislativos e judiciais, estatais ou federais, para dar às uniões do mesmo sexo o status equivalente e os direitos do matrimônio".

Com esta mensagem datada de 14 de março, a USCCB reafirma o expresso no dia 9 do mesmo mês. A respeito, o Bispo de Knoxville, Dom Joseph E. Kurtz, Presidente do Comitê de Matrimônio e Vida Familiar, aplaudiu a decisão e indicou que "a ação de hoje do Comitê Administrativo renova a urgente tarefa dos bispos de apoiar o matrimônio e protegê-lo. Uma importante iniciativa é nosso apoio à Emenda de Proteção ao Matrimônio e nossos esforços para ratificá-la".