20 de fev de 2025 às 14:03
A Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia (COMECE) declarou que as comunidades cristãs “são parte integrante e essencial da história e da cultura” da Síria e pediu à União Européia que reconhecer a vulnerabilidade das minorias religiosas no país, como os cristãos, e tomar medidas concretas para protegê-las.
Em carta assinada pelo bispo de Latina-Terracina-Sezze-Priverno, dom Mariano Crociata, presidente da COMECE a entidade fala da preocupação com a crise humanitária na Síria, que já dura dez anos, desde o início da guerra civil que assola o país. Dom Crociata chama a atenção para o “imenso sofrimento do povo sírio” e diz ter esperança por um futuro marcado pela paz, pela dignidade e pela justiça.
O bispo chama a atenção para a situação das comunidades cristãs, “parte integrante e essencial da história e da cultura da região há séculos”, que atualmente estão “lutando para manter sua continuidade histórica em sua terra natal”. Ele alerta que “perder” essas comunidades significaria uma “perda trágica não só para a Síria, mas para a estabilidade da região e do mundo”.
Em nome da COMECE, dom Crociata também pede a elaboração de estratégias para dar apoio humanitário e recuperação econômica, por meio do “aliviamento gradual das sanções da UE e da criação de uma estrutura que permita a participação do setor privado com salvaguardas adequadas”.
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O bispo também pede a promoção da “cidadania igualitária”, incluindo comunidades minoritárias no processo constitucional e nos esforços de reconstrução, e a promoção do diálogo, da “reconciliação e da cura”, evitando a vingança e implementando “um quadro legal para a justiça transicional”. Ele também pede a promoção do diálogo para “curar as divisões sociais”.
Assim, a COMECE reafirma o compromisso da Igreja em apoiar os refugiados e deslocados sírios, destacando a necessidade de “trabalhar para criar condições que permitam o retorno seguro e voluntário dos refugiados e das suas famílias às suas casas”.
A COMECE também destaca “o papel crucial dos atores religiosos no país, defendendo uma transição pacífica e promovendo a resiliência a longo prazo”.