Por Hannah Brockhaus
27 de fev de 2025 às 13:32
O papa Francisco criou uma comissão de arrecadação de fundos para receber doações de fiéis e conferências episcopais com o Estado da Cidade do Vaticano e a Cúria Romana por causa das dificuldades financeiras dos órgãos.
A Commissio de Donationibus pro Sancta Sede (Comissão de Doações para a Santa Sé), tem seis membros, “cuja tarefa específica será incentivar doações” e encontrar benfeitores para projetos especiais na Santa Sé, segundo decreto assinado pelo papa em 11 de fevereiro.
O papa Francisco vem cortando custos na Santa Sé nos últimos anos na tentativa de reverter a situação financeira da instituição, como a reforma de um fundo de pensão em "sério desequilíbrio".
Pelos estatutos da nova comissão de doações, a equipe se reportará diretamente ao papa com relatórios semestrais sobre seu trabalho, a ser feito com a ajuda de uma doação inicial de € 300 mil euros (cerca de R$ 1,8 milhão).
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Em suas campanhas de arrecadação de fundos, a comissão deve, segundo as normas, enfatizar a importância das doações para “a missão e as obras de caridade do Santo Padre” e garantir que a vontade do doador seja respeitada no que diz respeito ao destino do dinheiro para projetos específicos.
O primeiro presidente da comissão é o padre Roberto Campisi, assessor da seção de assuntos gerais da Secretaria de Estado da Santa Sé.
Os demais membros são o arcebispo Flavio Pace, secretário do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos; a irmã Alessandra Smerilli, secretária do Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral; e a irmã Silvana Piro, FMGB, subsecretária da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (APSA), que supervisiona os bens imobiliários da Santa Sé e outros ativos soberanos. O último nomeado é Giuseppe Puglisi-Alibrandi, advogado italiano que na terça-feira (25) foi promovido de vice-secretário a secretário do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano.
O presidente e os membros da comissão terão mandatos de cinco anos.
