Por Victoria Cardiel
14 de mar de 2025 às 19:15
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que entregou uma lista de nomes de ucranianos detidos pelo exército russo à Santa Sé para uma mediação diplomática por sua libertação.
“A Santa Sé recebeu uma lista de ucranianos detidos em prisões e campos russos", disse Zelensky em mensagem divulgada nas redes sociais. “Contamos com seu apoio para libertação deles”.
O presidente da Ucrânia disse que teve uma conversa telefônica com o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, na qual também desejou ao papa Francisco, internado no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, há um mês, "uma rápida recuperação".
“Agradeci por suas orações e apoio moral ao nosso povo, e por seus esforços para facilitar o retorno de crianças ucranianas deportadas e deslocadas ilegalmente pela Rússia”, disse Zelensky, dizendo ser grato pelas orações pela Ucrânia e pela paz.
A mediação da Santa Sé para a libertação de ucranianos não é nenhuma novidade. O caso dos padres redentoristas ucranianos Ivan Levytskyi e Bohdan Helenta, que foram detidos em Berdyansk, Ucrânia, pelas tropas de ocupação russas em novembro de 2022 e libertados cerca de dois anos depois, é um exemplo claro disso.
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“A voz da Santa Sé é muito importante no caminho para a paz", disse Zelensky. “Agradeço sua disposição em fazer esforços em direção ao nosso objetivo comum”.
Zelensky falou também sobre a decisão de seu governo de aprovar a proposta dos EUA para um cessar-fogo temporário de 30 dias. Um compromisso alcançado na quarta-feira (12) depois de uma reunião de cerca de oito horas entre delegações dos dois países em Jeddah, Arábia Saudita.
“A troca de prisioneiros e um cessar-fogo provisório total e incondicional de 30 dias são os primeiros passos rápidos que podem nos aproximar significativamente de uma paz justa e duradoura. A Ucrânia está pronta para tomar essas medidas porque o povo ucraniano deseja a paz mais do que ninguém", disse Zelensky.
A Ucrânia lançou seu maior ataque à Rússia desde o início da guerra, antes que o acordo fosse alcançado, abatendo 337 drones em várias regiões russas, segundo o Ministério da Defesa da Federação Russa.
