Roma, 23 de mar de 2025 às 08:39
Às 12h02 de hoje (23), o papa Francisco de um pequeno balcão do Hospital Policlínico Agostino Gemelli disse em voz baixa: “obrigado a todos e vejo esta senhora com as flores amarelas, ela é boa”.
Com muito esforço e evidente dificuldade de respirar, na cadeira de rodas e de batina, o papa fez o gesto da bênção, depois de seu assistente lhe ter recordado. Depois, o papa deixou o hospital e voltou para a Casa Santa Marta, no Vaticano, onde mora desde que foi eleito.
“Neste longo período de hospitalização, tive a oportunidade de experimentar a paciência do Senhor, que também vejo refletida na atenção incansável dos médicos e dos profissionais de saúde, bem como nas atenções e esperanças dos familiares dos doentes”, disse o papa na meditação do Ângelus de domingo, escrita de antemão e distribuída à imprensa. “Esta paciência confiante, ancorada no amor de Deus que não falha, é verdadeiramente necessária na nossa vida, sobretudo para enfrentar as situações mais difíceis e dolorosas”.
O papa também falou da atualidade no texto: “Entristeceu-me o recomeço dos pesados bombardeamentos israelenses na Faixa de Gaza, com muitos mortos e feridos. Apelo a que se calem imediatamente as armas e se tenha a coragem de retomar o diálogo, para que todos os reféns sejam libertados e se chegue a um cessar-fogo definitivo. Na faixa, a situação humanitária é novamente gravíssima e exige empenhamento urgente das partes beligerantes e da comunidade internacional”.
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“Congratulo-me, no entanto, com o facto de a Arménia e o Azerbaijão terem chegado a acordo sobre o texto final do acordo de paz. Espero que seja assinado o mais rapidamente possível e que possa assim contribuir para o estabelecimento de uma paz duradoura no Cáucaso Meridional”. E depois, “juntos, pedimos o fim das guerras e a paz, especialmente na atormentada Ucrânia, na Palestina, em Israel, no Líbano, em Myanmar, no Sudão e na República Democrática do Congo”.
Depois, o papa agradeceu as orações por ele falou sobre a paciência do Senhor “que trabalha com cuidado o solo da nossa vida e espera confiante o nosso regresso a Ele”.
No átrio do Policlínico Gemelli, algumas centenas de pessoas e muitos jornalistas aguardavam a bênção do Papa, transmitida ao vivo para todo o mundo.
Foi a primeira aparição pública do papa desde sua internação no dia 14 de fevereiro por problemas pulmonares.