24 de mar de 2025 às 10:19
"O papa ensina-nos que a doença, a idade, a fragilidade não são impedimentos, nem são razão para descartarmos o outro", disse o bispo de Setúbal, Portugal, cardeal Américo Aguiar, sobre a alta hospital e a primeira aparição pública do papa Francisco ontem (23) desde que foi internado em 14 de fevereiro.
Francisco ficou 38 dias internado no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, por problemas pulmonares. Ontem às 12h02 ele apareceu no balcão do hospital pela primeira vez.
“Obrigado a todos e vejo esta senhora com as flores amarelas, ela é boa”, disse Francisco, sentado na cadeira de rodas e com dificuldade de respirar. Em seguida, o papa deixou o hospital e foi para a Casa Santa Marta, no Vaticano, onde mora.
Segundo os médicos que cuidam de Francisco, ele ainda terá pela frente dois meses de convalescença com medicamentos, oxigênio e terapia.
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Dom Américo Aguiar disse à Rádio Renascença ter visto com alegria a aparição do papa. “Tínhamos muitas saudades, e efetivamente, depois de termos ouvido aquela mensagem gravada há poucos dias atrás, confesso que tinha muitas, muitas, muitas saudades e também curiosidade de voltar a ver o rosto do nosso filho Papa Francisco”, disse, ao recordar a mensagem de voz que o papa Francisco gravou e foi transmitida na Praça de São Pedro em 6 de março.
Para dom Américo, “o papa Francisco tem nos provado que, mesmo com essas circunstâncias e agora tão visíveis nestes últimos 40 dias, o papa continuará a exercer o seu ministério com as fragilidades, com as limitações que a idade e a doença possam colocar, mas continuamos juntos em oração e continuamos juntos com essas limitações também”.
A aparição de ontem do papa Francisco serviu “para testemunho Cristo vivo no seu coração, nos nossos corações, e também para acalmar algumas almas mais inquietas que lhe estavam particularmente preocupadas”, disse o bispo.