“Carlo é um outro Francisco”, disse à ACI Digital o padre Fábio Vieira, de Corumbá (MS), que viveu com a família Acutis em Assis. Para ele, um dos maiores propagadores da devoção ao futuro santo no Brasil, “Carlo Acutis atualiza o carisma franciscano nos nossos tempos de uma forma muito bela”.

O beato Carlo Acutis, que será canonizado em 27 de abril, no Jubileu dos Adolescentes, tem uma ligação com são Francisco e com a cidade de Assis, na Itália. Ele foi sepultado no cemitério da cidade e, depois, transferido para uma capela no santuário do Despojamento, onde são Francisco deixou tudo, até a roupa do corpo, para seguir Jesus.

Segundo o padre Fábio, Francisco de Assis foi a inspiração de Carlo que também se “despojou de sua riqueza”, mas “num outro formato”.

 “O Carlo fez com que a família desse um sentido para a riqueza deles. O Carlo não precisou tirar suas vestes e entregar para o pai, mas ele fez com que os seus pais encontrassem um sentido para a riqueza”, disse o padre Fábio.

Para ele, “Carlo é mais franciscano que muitos franciscanos” e “é natural que hoje quem não conheceu Francisco o conheça por meio do Carlo, porque ele atualizou o carisma”.

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Antonia Salzano, mãe de Carlo Acutis, já tinha falado da relação de Carlo com Assis em um colóquio organizado pela diocese de Assis-Nocera Umbra-Gualdo Tadino nos dias prévios à sua beatificação que foi em 10 de outubro de 2020.

 “Carlo tinha grande devoção a são Francisco, o santo eucarístico, o santo da comunidade, o santo cristológico”, disse Antonia. “Carlo dizia que queria ser santo, mas não como são Francisco, porque são Francisco era muito difícil de imitar”.

Segundo ela, Carlo carregava Assis “no coração” e dizia que era a cidade “onde se sentia mais feliz”.

Antonia contou que seu filho também tinha uma sensibilidade especial para com os pobres: “Perto de nossa casa havia um jovem que dormia na rua e Carlo levava comida para ele e lhe dava dinheiro”.

“Não é à toa que os restos mortais de Carlo estão no local onde Francisco se despojou, no santuário do Despojamento. Isso não é por acaso. Isso nos diz muito”, concluiu o padre Fábio Vieira.