3 de abr de 2025 às 11:32
O padre encarregado da catedral metropolitana de Montevidéu, Uruguai, restringiu na segunda-feira (31) a entrada de umbandistas que depois o acusaram nas redes sociais de "racismo religioso".
A umbanda chegou ao Uruguai vinda do Brasil.
Em vídeo transmitido nas redes sociais, o padre Juan González pode ser visto dizendo às pessoas em questão que a polícia estava chegando. Um dos homens pergunta: "Você sabe que não pode fazer que eu não entre na casa de Deus?", ao que o padre responde: "Sim, eu posso".
Ao divulgar o material do filme, eles acusaram o pároco de "intolerância religiosa" e de impedir a "harmonia" entre a religião católica e as religiões "de origem afro".
Susana Andrade, líder da comunidade umbandista, disse ao jornal uruguaio El Observador que a visita à catedral metropolitana fazia parte de uma caminhada como ponto principal dos "rituais" que fazem. Ela disse também que eles já haviam ido ao local e nunca tiveram nenhum problema.
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A arquidiocese de Montevidéu lamentou o inconveniente e disse: "A Igreja Católica de Montevidéu respeita e celebra a liberdade religiosa que se vive em nossa sociedade. É por isso que parece necessário cuidar das formas e meios de vínculo. Nossas igrejas estão abertas àqueles que vêm rezar ou visitá-las, respeitando nossa identidade".
"O padre que agiu nessa situação, como chefe da catedral, não queria rejeitar as pessoas ou desrespeitar sua religião, ele simplesmente protegeu a identidade e o propósito de cada igreja católica, garantindo que os ritos que correspondem à nossa fé sejam praticados nela", disse o comunicado.
"Cada religião tem seu próprio espaço de culto ou celebra no espaço público respeitando uma convivência cidadã saudável. Num templo da religião umbandista, os ritos que lhe são próprios são feitos e não é apropriado celebrar um culto católico lá. Respeitar os espaços de cada culto é uma forma de valorizar a diversidade religiosa", conclui o comunicado.