Há dois católicos para cada anglicano na geração Z do Reino Unido, mostra estudo

9 de abr de 2025 às 16:31

Um novo estudo do Reino Unido descobriu que, entre os membros da geração Z no Reino Unido, os católicos agora são dois para um – parte de um padrão observado em todas as faixas etárias em que a participação no catolicismo aumentou nos últimos anos, enquanto o anglicanismo diminuiu.

Um relatório da Bible Society, instituição de caridade do Reino Unido que traduz e distribui a Bíblia em todo o mundo, descobriu que a prática do cristianismo em geral está crescendo no Reino Unido depois de décadas de declínio, impulsionada por uma crescente participação de jovens em particular.

O estudo, baseado em pesquisas YouGov contratadas pela Bible Society, também concluiu que muitos jovens estão buscando comunidade e crença em Deus, e que numa época de problemas de saúde mental, distração e fragmentação provocados pelas mídias sociais, muitos estão interessados na oração e na Bíblia.

"Os resultados desse estudo completo e robusto demonstram que, no espaço de apenas seis anos, houve um crescimento significativo no número de pessoas que vão à igreja”, diz a introdução do relatório. “Os cristãos estão praticando sua religião de forma mais intencional; mais jovens estão encontrando fé; mais pessoas estão lendo a Bíblia".

Segundo o relatório, o grupo mais jovem estudado é agora o segundo grupo mais provável no Reino Unido a frequentar a igreja, com 16% dos jovens de 18 a 24 anos dizendo que frequentam a igreja mensalmente.

Cerca de um quinto dos homens de 18 a 24 anos (21%) agora dizem que frequentam a igreja mensalmente, mais do que suas colegas do sexo feminino que são 12%.

Entre os jovens de 18 a 24 anos, só 20% dos frequentadores da igreja se identificam como anglicanos, abaixo dos 30% de 2018, em comparação com 41% que se identificam como católicos e 18% como pentecostais.

Entre as populações estudadas, os jovens de 18 a 24 anos foram os mais propensos a dizer que acreditam que existe "definitivamente um Deus / deuses ou poder superior", com 33%. Eles também são os mais propensos a rezar regularmente, com 23% dizendo que rezam pelo menos uma vez por dia, contra 17% do resto da população, e um total de 37% dizendo que oram pelo menos mensalmente em comparação com 30% do resto da população.

No entanto, o relatório também descobriu que as taxas mais altas de leitura da Bíblia estão dentro de expressões batistas, evangélicas independentes, novas igrejas e pentecostais, todas as quais relataram leitura semanal da Bíblia em cerca de 90%. As taxas semanais mais baixas de leitura da Bíblia estão entre anglicanos e católicos, com 61% e 56%, respectivamente.

Os autores do relatório, pintando um quadro esperançoso para o futuro, concluíram que a Geração Z é mais engajada espiritualmente do que a maioria das outras gerações vivas e que essa abertura apresenta uma oportunidade significativa de divulgação e engajamento.

O relatório também enfatiza os impactos positivos de ir à igreja para o bem-estar individual e comunitário, dizendo que os frequentadores de igrejas relatam maior satisfação com a vida, um maior sentimento de conexão com a comunidade e taxas mais baixas de depressão e ansiedade. Eles também são mais propensos a serem socialmente engajados e caridosos.