LIMA, 7 de abr de 2006 às 19:12
Em um comunicado intitulado "por o Ministério da Saúde cala? por que está a favor do aborto?" um grande número de movimentos e comunidades apostólicas presentes no Peru denunciaram "de suma gravidade o silêncio" do mencionado organismo "frente aos indícios de que estaria redigindo em suas dependências um documento que amplia as condições de liberalização do aborto em nosso país".A missiva explica que este documento estaria sendo escrito, "tomando como pretexto a falta de um Protocolo para realizar o aborto terapêutico". Deste modo manifestam sua preocupação já que "conhecidas ONGs favoráveis ao aborto, em nome dos ‘direitos sexuais e reprodutivos’, frente a várias denúncias públicas e diferentes documentos públicos na Internet, foram as únicas a defender este suposto trabalho do Ministério da Saúde. Tais ONGs além disso mostram conhecimentos sobre o andamento do documento, sobre estratégias legais e conceitos médicos, sem que a entidade negasse ou afirmasse tais menções".
Em seguida fazem uma série de questionamentos como: "Quais são as relações destas ONGs pró-abortistas com o Ministério da Saúde? Será que a saúde em nosso país é determinada pelas ONGs abortistas como PROMSEX, DEMUS, Flora Tristán e Manuela Ramos entre as nacionais, ou a IPPF, IPAS, Pathfinder e outras ‘transnacionais’ favoráveis ao aborto?"
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"Uma das estratégias mais usadas para instaurar o aborto naqueles países onde este é crime (como o caso do Peru, segundo sua Constituição e seu Código de Direito Penal), é ampliar os casos de maneira encoberta e paulatina", adverte o comunicado.
"Seu silêncio –continuam os movimentos– leva à confusão e à desconfiança, especialmente quando em 27 de agosto passado o senhor aceitou o prêmio anual da Região Hemisfério Ocidental da Internacional Planned Parenthood Federation (IPPF), Instituição promotora do aborto no mundo, e quando no Boletim de Imprensa de 26 de novembro do 2005 do MINSA, o senhor assinalou que um caso de anencefalia pode ser tomado como caso passível de aborto terapêutico e que ‘abriria precedente’".
Finalmente, as organizações assinantes, entre as quais se encontram a Associação Nacional de Médicos Católicos, o Population Research Institute para a América Latina, o Instituto Interamericano da Mulher, a ALAFA (Aliança Latino-americana para a Família), o Movimento de Vida Cristã, o Movimento Apostólico Schoenstatt, a Coordenadora Nacional Unidos pela Vida, o Movimento dos Focolares, a Renovação Carismática Católica e o Caminho Neocatecumenal; entre outros, exigem à "a Ministra Mazzetti e ao Ministério de Saúde que se pronunciem a respeito: se são favor da vida e do recém concebido, ou pelo contrário a favor do aborto".