Ao comemorar o quarto aniversário dos acontecimentos de 11 de abril na Venezuela, a crise político-militar que levou o presidente Hugo Chaves à saída do poder por 47 horas, o Arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Urosa Savino, fez um chamado à reconciliação, a justiça e a paz entre os venezuelanos.

Em sua mensagem, o Cardeal expressou que "é preciso saber perdoar, não ganhamos nada guardando rancor e ódio no coração. É importante que nós procuremos o entendimento, a reconciliação e a paz".

O Cardeal Arcebispo chamou deste modo a que "afastemos o ódio e que se faça a justiça sem ter nenhuma espécie como de matiz político, mas sim se procure que se esclareça bem e que não haja nenhuma pessoa que vá ser condenada injustamente". A respeito, o Cardeal Urosa pediu que os responsáveis pelas mortes de 11 de abril sejam punidos, mas "sem nenhum tipo de parcialização política".

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Depois de lamentar a morte de 19 venezuelanos na crise de 2002 e que, posteriormente não se estabeleceu uma comissão da verdade que esclarecesse os fatos, o Cardeal destacou a importância de que agora "não haja nenhuma precipitação e que não se cometa nenhuma injustiça que vá acrescentar mais dor ao que já passou em 11 de abril, onde houve uma imensa confusão e uma desgraça muito grande para o povo venezuelano".

Para o Arcebispo, "os juizes têm uma gravíssima responsabilidade e nunca um juiz deve ser como Pôncio Pilatos que simplesmente condenou Jesus Cristo para agradar a multidão".

"Devemos procurar sempre a verdade, que é o caminho da justiça e a paz", concluiu.