BUENOS AIRES, 18 de abr de 2006 às 14:08
Bispos uruguaios e argentinos indicaram recentemente que há disposição para realizar aproximações que solucionem o problema das indústrias papeleiras, mas esclareceram que os Governos ainda não fizeram um pedido oficial de mediação.Meses atrás, na cidade uruguaia de Frei Bento teve início a construção de indústrias papeleiras que, segundo autoridades argentinas de Gualeguaychú, poluirão o ambiente neste lado da fronteira. Em protesto, habitantes argentinos bloquearam duas das três vias que unem ambos os países.
O Bispo de Gualeguaychú, Dom. Jorge Lozamo, declarou à imprensa local que o que existe é "contato entre os bispos vizinhos" com o objetivo de "aproximar sempre as pessoas ao diálogo". Esclareceu que "dali a dizer que é uma mediação em sentido técnico, é outra coisa".
"Não temos em nossas mãos soluções ou capacidade política, mas tratamos de aproximar vontades e nosso compromisso está em mostrar a importância de valorar sempre a fraternidade entre os povos", indicou.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
Por sua vez, o Presidente da Conferência Episcopal Uruguaia (CEU), Dom Pablo Galimberti, pediu ser cautelosos antes de dizer que os bispos estão mediando no conflito, "para não encher uma bola e que depois não se concretize nada".
"Neste momento, no dia de hoje, não tenho nenhuma informação neste sentido. Somente há uma boa disposição, há alguns contatos isolados. Estou falando dos bispos uruguaios que se manifestaram no curso dos dias da Semana Santa", afirmou a uma rádio local.
Do mesmo modo, o Bispo da Mercedes (Uruguai), Dom Carlos Colazzi, expressou sua surpresa pelas versões de uma mediação da Igreja. Disse que um pedido deste tipo deve ser "através das Conferências Episcopais" e que se já se deu, "ao menos os bispos saberiam".