Recentes informações dão conta de como apesar de que no Egito tenha sido feito recentemente um que permitiria o trabalho no país de missionários de "todas as religiões monoteístas", as conversões ao cristianismo continuam sendo clandestinas.

O cabo da agência EFE, relata o caso de Mary Tanagho, uma egípcia cristã de 20 anos cuja família vive há 24 anos nos Estados Unidos, devido a que a vida de seu pai corre perigo por ter divulgado um folheto "dirigido aos fiéis muçulmanos".

"A polícia irrompeu na clínica onde meu pai trabalhava no Cairo e o levaram à prisão, onde passou seis meses sem que lhe acusassem de nenhum delito", relatou Mary. Indicou que o folheto "chegou não só aos egípcios, mas também a outros árabes, e conduziu a várias conversões" de muçulmanos. O pai de Mary foi pressionado para que abandonasse toda atividade religiosa e, depois de receber ameaças de morte, abandonou o país.

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Por sua vez, um porta-voz da Igreja Católica no Egito, Rafiq Gresh, disse à EFE que se um muçulmano se converter ao cristianismo e consegue manter isto oculto, quando morre "enterram em um cemitério muçulmano". Indicou que no documento de identidade aparece que religião professa o cidadão.

Segundo afirmações de autoridades islâmicas, esta religião permite a prática de credos monoteístas, mas não os trabalhos de evangelização. "O cristão tem o mesmo direito que o muçulmano para expressar sua religião em qualquer momento ou lugar, mas há uma diferença entre isto e incitar uma pessoa a seguir outra religião", assinalou o membro da Academia de Estudos Islâmicos de Azhar, Abdel Moti Bayumi.

A Constituição egípcia estabelece como religião oficial o Islã, praticada por 90 por cento da população. O restante, dez por cento, está formado por ortodoxos coptos, católicos coptos, ortodoxos armênios, católicos caldeus, maronitas e bahá'is.