BUENOS AIRES, 21 de abr de 2006 às 12:36
Em sua Mensagem de Páscoa, o Arcebispo de Corrientes, Dom Domingo Castagna, manifestou que "nossa fé não é vã, porque Cristo ressuscitou, nosso comportamento pessoal e social deve responder a essa fé". Para o Arcebispo, cada Semana Santa, embora se celebre o único acontecimento, adquire sua própria originalidade já que faz referência a um momento histórico diferente. "Não é o mesmo hoje que ontem ou no futuro pois, tanto as circunstâncias como os desafios mudam e variam notavelmente", acrescentou.Fez também um chamado aos cristãos para que demonstre a autenticidade de sua fé nos valores que regulam harmonicamente seus diversos compromissos, o que supõe um exame contínuo em confrontação com o Mistério acontecido e celebrado. "A Semana que concluímos –prosseguiu–, e os dramáticos momentos recordados, constituíram o espaço propício para esse exame e correspondente ajuste".
Para o Prelado, na Páscoa se celebra a Verdade que acontece, "quando celebramos nos introduzimos no acontecimento e oferecemos (a todos) a oportunidade de fazê-lo-o que se produz em nós, crentes, converte nossa vida no testemunho de sua eficácia. O mundo não compreenderá se for só o entendimento o que é interpelado. Mais ainda, uma idéia pode ser posta em dúvida ou discutida, mas, o acontecimento não pode ser negado", assinalou.
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Na opinião do Arcebispo, a firmeza na defesa da verdade, por parte da Igreja, procede da convicção de que seu ensinamento é desenvolvimento, doutrinariamente formulado, do acontecimento da Páscoa. "Seu rechaço, por parte de quem decidir, não pode se basear em argumentos racionais, mas na capacidade livre para aceitar ou negar o proposto pelo legítimo relato histórico", enfatizou.
Dom. Castagna afirmou que a Igreja oferece ao mundo a possibilidade de encontrar-se com um "acontecimento", que não produz ela, de que é testemunha anunciando-o e celebrando-o e destacou que não é intenção da Igreja que os homens aceitem as leis eclesiásticas mas sim reconheçam o que Deus fez e faz por eles no acontecimento da Páscoa.
"Somos humildes testemunhas do que Deus, além de nossas normas e disposições, protagoniza diretamente e a Igreja (que todos os batizados integramos) tem a missão de mostrar, em cada um de seus filhos, a eficácia redentora desse ‘fato’ (a Ressurreição) pois com suas sacramentos e carismas, com seu magistério e governo pastoral, está ao serviço da notificação, a todos os homens, de que Deus os redimiu em Cristo", concluiu.