SANTIAGO, 27 de jul de 2004 às 15:23
Debaixo de uma intensa chuva, milhares de pessoas se reuniram na Catedral metropolitana de Santiago para despedir-se do Padre Faustino Gazziero, o sacerdote italiano assassinado no sábado nesta mesma Catedral pelas mãos de um suposto seguidor de uma seita satânica.
O sacerdote servita foi assassinado a facadas no sábado quando terminava de celebrara a Eucaristia.
A Missa de corpo presente foi presidida pelo Cardeal Francisco Javier Errázuriz, Arcebispo de Santiago, que esteve acompanhado por mais de trinta bispos e pelo Núncio Apostólico de Sua Santidade, Dom Aldo Cavalli.
Junto ao Cardeal Errázuriz concelebraram os dois bispos da Ordem dos Servos de Maria –à qual pertencia o Pe. Gazziero-: Dom Luis Infanti, Bispo Vigário Apostólico de Aysén, e Dom Juan María Agurto, Bispo coadjutor de Ancud.
“Um profundo estremecimento percorreu nossa terra, junto à desgarradora morte da irmã Lita Castillo, religiosa e missionária, Dom de Deus aos pobres de nossa pátria, assim como o padre Faustino, não temos memória de um ato de violência semelhante ocorrido em um “lugar sagrado”, disse em sua homilia o Cardeal Errázuriz.
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O Arcebispo disse então que “em uma casa de Deus, um jovem fanatizado matou um homem sábio que passava pelo mundo fazendo o bem por seguir as pegadas de Jesus”.
“É justamente o que se quer apagar dessa pátria, esse Satã que invocava a gritos nosso compatriota em seu desvario, enquanto destruía o templo vivo de Deus, o corpo do padre Faustino e negava sua própria vocação de bem como construtor da sociedade. Naqueles que agem assim também geme a natureza ferida pelo pecado”, disse o Purpurado.
“Não sofrem a escravidão do Egito, mas outras carências de liberdade e sofrem acorrentados a visões, atitudes, ritos, violências e grupos que corroem sua humanidade”, conclui.
A Eucaristia terminou pouco antes das 11h30 da manhã. –hora local-, quando o féretro com os restos do padre Gazziero deixou a Catedral em meio a aplausos.
O enterro ocorreu no Cemitério Católico, onde o sacerdote italiano era capelão.