ONTARIO, 26 de abr de 2006 às 14:41
Em uma recente conferência organizada pelo Alliance For Life Ontario, o irmão de Terri Schindler Schiavo –a mulher americana que morrera logo depois de que uma corte ordenasse a retirada do tubo que a alimentava e hidratava– Bobby Schindler, criticou os meios de comunicação por difundir "a idéia de que minha irmã morreu pacificamente e sem dor, pois é a coisa mais ofensiva e degradante que já escutei" e "não informar a verdade, tal como no caso dos vídeos, que nunca transmitem, por exemplo, de um aborto"."O que aconteceu com Terri aconteceu por uma atitude despersonalizada, toda essa atitude que fala de ‘qualidade de vida’ que se respira no país. É realmente aterrador e acredito que tudo caminha a piorar", afirmou Bobby Schindler.
Segundo o site pró-vida LifeSiteNews.com, o irmão de Terri enfatizou que "sua morte foi uma jogada muito agressiva e forte do movimento em favor da eutanásia que tomou o país. Nossa família não via claro, não sabia o que enfrentava".
"O tema que está no fundo de tudo é o dinheiro. Como disse Ken Connor, advogado de Jeb Bush, vivemos em uma cultura em que a santidade de vida está sendo corroída e começamos a ver o valor dos indivíduos com um critério de custo-benefício", acrescentou.
Do mesmo modo, explicou como a mídia não informou que eram 25 os grupos de deficientes que apoiavam a causa de Terri, porque não queriam que a reconhecesse como tal, enquanto que difundiam cada vez mais o do Estado Vegetativo Persistente (EVP), o que considerou totalmente falso. "Nunca pensamos que Terri estava em EVP", precisou e destacou que o diagnóstico deste estado se apóia na interpretação do médico.
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Bobby falou duramente sobre as pesquisas realizadas sobre o caso de sua irmã e comentou que "era ridículo ver como se conduziam tendenciosamente" para apoiar a morte de Terri Schindler Schiavo.
Schinder também explicou que o mais doloroso de tudo foi relacionado à autópsia: "A mídia constantemente informava que os resultados da autópsia confirmavam que Terri estava em EVP", embora esse estado só pode ser diagnosticado com a pessoa ainda viva.
"A mídia –continuou– usou os relatórios da autópsia para justificar e racionalizar o assassinato de minha irmã por parte de Michael. De fato ficou tão feia a coisa que a mídia começou a exigir que nos desculpemos com ele pelo que ‘lhe fizemos passar’".
Finalmente, Bobby assinalou que a comunidade pró-vida que lutou tanto contra o aborto deve lutar agora contra a eutanásia, cujo movimento a favor avançou muito sob as leis vigentes.