O autodenominado Grande Priorado da Hispania solicitou no dia 26 de abril à Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé da Conferência Episcopal Espanhola, revisar a condenação de excomunhão imposta aos católicos que pertençam à maçonaria, alegando que esta não contradiz o cristianismo.

Em uma nota à imprensa, a maçonaria espanhola indica que em seu caso a Igreja comete uma "injustiça", porque o sistema maçônico a que pertencem –Regime Escocês Retificado (RER)–, é "totalmente cristão" e não atenta contra "o cristianismo ou qualquer dogma católico romano".

Nesse sentido, informam que entregaram ao mosteiro beneditino de Montserrat, "o depósito de todos nossos rituais do RER" como "mostra de nossa boa vontade e para que pudessem ser revisados e investigados com a tranqüilidade requerida por aquele ou aqueles que a Igreja Católica designar".

Os maçons afirmaram que esta é "a continuação dos diversos contatos" realizados com a Igreja no país. Acrescenta que têm a "firme vontade e determinação" de "chegar onde for preciso, com tal de que seja revisada tão injusta decisão".

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Não é compatível com o catolicismo

O Código de Direito Canônico, promulgado pelo Papa João Paulo II em 25 de janeiro de 1983, afirma em seu cânon 1374 que "quem se inscreve em uma associação que maquina contra a Igreja deve ser castigado com uma pena justa; quem promove ou dirige essa associação deve ser castigado com interdição". Devido a esta nova redação não menciona expressamente a maçonaria, o então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Joseph Ratzinger, publicou uma declaração em 26 de novembro do mesmo ano para evitar qualquer confusão.

"O juízo negativo da Igreja não mudou em relação às associações maçônicas, porque seus princípios sempre foram considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja; em conseqüência, a filiação às mesmas continua proibida pela Igreja. Os fiéis que pertencerem a associações maçônicas se encontram em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Santa comunhão", afirma a declaração.

Do mesmo modo, adverte que "não entra na competência das autoridades eclesiásticas locais pronunciar-se sobre a natureza das associações maçônicas com um juízo que implique derrogação de quanto se estabeleceu mais acima, segundo o sentido da Declaração desta Sagrada Congregação de 17 de fevereiro de 1981".

Para maior informação sobre a maçonaria acesse: http://www.aciprensa.com/controversias/catolicomason.htm