LA PAZ, 5 de mai de 2006 às 14:03
A Conferência Episcopal Boliviana (CEB) pediu ao Governo que a recente nacionalização dos hidrocarbonetos beneficie todos os bolivianos e não derive na corrupção e a má administração que conhecemos" no passado.O Episcopado emitiu uma mensagem no final de sua 82º Assembléia Plenária, na qual assinala que a medida "incide fortemente na vida e o futuro do país". "Esta disposição quer ser o cumprimento da vontade da população, expressa pela maioria no Referendo de julho de 2004", afirma.
Nesse sentido, os bispos pedem que a medida se implemente "no marco da igualdade e justiça, evitando a corrupção e a má administração que conhecemos nas empresas estatais do passado"; para beneficiar todos os bolivianos, especialmente os mais pobres e desprotegidos da sociedade".
Do mesmo modo, o Episcopado indica que estes momentos "tão decisivos para a pátria", requer que os bolivianos atuem "com prudência e serenidade", com espírito democrático e em um clima de paz, "protegendo os interesses do país sem prejuízo de sua inserção no contexto das nações".
Nova Constituição
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Por outro lado, a CEB expressa que a próxima eleição dos membros à Assembléia Constituinte e a elaboração de uma nova Carta Magna é "uma grande oportunidade de abertura à esperança".
Nesse sentido, lembram o expresso em sua mensagem de março, no qual chamam à responsabilidade e a evitar as divisões, o predomínio de interesses particulares e a recusa ao diálogo enriquecedor.
Do mesmo modo, consideram oportuna "a revisão do artigo três da Constituição, de tal modo que se esclareçam as dúvidas e, muitas vezes, os preconceitos que certos setores da população manifestaram a propósito de sua atual redação".
Os bispos afirmam que este esforço "situará adequadamente o papel que a Igreja Católica e outras Igrejas têm na conformação histórica da Bolívia e sua contribuição na formação da Nação, a qual reconhecerá a realidade jurídica das mesmas e sua participação no desenvolvimento social".
O artigo três da Constituição boliviana expressa que "o Estado reconhece e sustenta a religião católica, apostólica e romana. Garante o exercício público de todo outro culto. As relações com a Igreja Católica se regerão mediante concordatas e acordos entre o Estado Boliviano e a Santa Sé". Igualmente, o Episcopado solicita "que o capítulo da nova Constituição sobre Direitos e Garantias dos bolivianos" mencione o direito à liberdade religiosa "em todos seus alcances".
A mensagem completa da CEB pode ser lida em: http://www.iglesia.org.bo/sitio/informaciones/index_noticia.php?id=53