SÃO PAULO, 9 de mai de 2006 às 14:07
Com uma celebração eucarística, iniciou-se hoje em Indaiatuba, São Paulo, a 44° Assembléia Geral da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), em que os prelados refletirão sobre a "Evangelização da Juventude".Em sua homilia da Missa inaugural da Assembléia, o Presidente da CNBB, Cardeal Geraldo Majella Agnelo, lembrou que o tema da juventude marca a pauta da agenda de reflexão que os bispos terão nestes dias e lembrou que para essa missão é importante pensar continuamente no papel dos sacerdotes.
O Cardeal assinalou que além dos sacerdotes, também os leigos, os pobres e necessitados, sobre quem os bispos empenham seu zelo e missão, estarão muito presentes em sua oração e reflexão nestes dias.
"Pensamos também –continuou o Presidente da CNBB– no Papa Bento XVI, que se definiu como um simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor, e que convoca os bispos da América Latina e o Caribe para a V Conferência Geral na Aparecida" e colocou à Assembléia sob os cuidados desta invocação Mariana.
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Por sua vez, o Vice-presidente da CNBB, Dom. Antonio Celso de Queirós, lembrou os temas que marcarão a pauta de reflexão dos pastores das 17 regionais reunidos em Indaiatuba: a evangelização da juventude, a preparação para a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e o Caribe a realizar-se em Aparecida, a celebração do 50º aniversário da Cáritas, o 15º Congresso Eucarístico Nacional em Florianópolis, e alguns problemas políticos atuais do país.
Perguntado sobre o tema da Assembléia, o Secretário Geral da CNBB, Dom. Odilo Pedro Scherer, assinalou que "os bispos querem dedicar-se ao tema da juventude, pois evangelizar os jovens é fundamental para preparar a continuidade da vida da Igreja, a transmissão da fé às novas gerações e para que a juventude, sendo formada na fé da Igreja, possa contribuir para a vida da sociedade".
Dom Scherer lembrou que a recente Jornada Mundial da Juventude celebrada na Alemanha deixou uma marca singular, pois "o Santo Padre está se dedicando com atenção especial à juventude, tal como fez seu predecessor, João Paulo II. Desde o primeiro dia de seu pontificado, Bento XVI dirigiu a atenção à importância que tem a evangelização da juventude, utilizando aquela expressão ‘a Igreja é jovem’, com a qual quis dizer que a Igreja precisa ouvir os jovens". "
"O motivo da escolha do tema para nossa Assembléia é tomar consciência de que no Brasil como em outros lugares do mundo, o trabalho com a juventude está deixando uma imensa lacuna, por isso é necessário prestar maior atenção nos jovens, estar com eles, falar com eles, escutá-los e tratar de envolvê-los na vida e na fé da Igreja", acrescentou o Prelado.