O Presidente da Conferência Episcopal Equatoriana, Dom Herrera Heredia, advertiu aos fiéis que o livro O Código Da Vinci e o evangelho gnóstico de Judas são fantasias pseudo-históricas e pseudo-científicas que só querem confundir os crentes.

"Os bispos do Equador consideramos um dever moral e pastoral levantar com serenidade nossa voz para orientar a comunidade cristã e para advertir a sociedade em geral sobre o caráter tendencioso do material que se difunde e que beira à fraude e à calúnia", disse o também Bispo de Machala.

Através de um comunicado, explicam que Dan Brown constrói sua novela com elementos tirados quase em sua totalidade de "livros sensacionalistas anteriores a ele" e afirmam que "o livro está cheio de enganos históricos e culturais de todo tipo, facilmente detectáveis por qualquer pessoa ilustrada".

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Sobre o evangelho de Judas, assinalam que a National Geographic dá "uma informação bastante enviesada", porque não explica que o documento "é conhecido há muito tempo", e nunca foi "digno do menor crédito" e que tanto Santo Irineu de Lyon como outros autores e estudiosos modernos advertem "que se trata de um evangelho apócrifo (falso) cuja origem está na seita dos gnósticos, oposta à Igreja Católica".

"Os bispos percebem que, por detrás de tudo isto, existe uma campanha de desprestígio contra a Igreja Católica e um ataque aos fundamentos da fé cristã e católica", denuncia o comunicado. Diante disso, chamam a "aprofundar no conhecimento de Jesus e a ser capazes de dar uma adequada e firme razão de nossa fé".

Finalmente, indicam que esta campanha contra a Igreja recorre a métodos nada sérios e que confundem "o justo direito à liberdade de expressão com o duvidoso ‘direito’ de difamar", violando "o direito de toda pessoa de receber informação veraz" de parte de quem se diz "especialista". "Isto não se justifica em uma sociedade civilizada e moderna", concluem.