ROMA, 2 de ago de 2004 às 13:24
As máximas autoridades católicas e muçulmanas no Iraque condenaram nesta segunda-feira a série de atentados contra igrejas católicas no domingo.
A máxima autoridade muçulmana xiita no Iraque, o grande Ayatolá Alí Sistani, classificou de “terríveis crimes” os ataques em um comunicado dado à conhecer por seu departamento em Nayaf, a cidade santa xiita do sul do Iraque.
O ayatolá Sistani também destacou em seu texto “a necessidade de respeitar os direitos dos cristãos no Iraque e das outras religiões, assim como seu direitos de viver em sua casa, no Iraque, em paz”.
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Por sua vez, o Patriarca caldeu, chefe da comunidade cristã mais importante do Iraque, Dom Emanuel Delly, fez um chamado em Bagdá a favor da “união dos cristãos e os muçulmanos do Iraque”.
Dom Rabban al Qas, Bispo de Amadiya, indicou que “estes atentados são atos contra a humanidade e contra os princípios humanos e religiosos. Nós, os cristãos, queremos um Iraque em paz, que vive na fraternidade: estes terroristas, ao contrário, não querem nada disso. Mas o integrismo terrorista não freará a marcha do novo Iraque”, acrescentou.
O Prelado fez finalmente um chamado à Europa “mas não aos Estados, que estão fazendo de tudo para eliminar sua identidade cristã, mas aos cristãos e às igrejas da Europa: Ajudem aos cristãos iraquianos a que fiquem no Iraque para o bem de seu país”.