BUENOS AIRES, 15 de mai de 2006 às 18:56
O Arcebispo de Corrientes, Dom Domingo Castagna, exortou os fiéis a viver a fé coerentemente, e lembrou que professar a fé inclui "necessariamente expô-la sem rodeios" sem agredir a quem não a compartilha.Dom Castagna assinalou também que "as tentativas de um diálogo artificial, onde as legítimas identidades aparecem indefiníveis ou debilitadas, constituem-se no caldo de cultivo do moderno relativismo".
O Arcebispo considerou o difícil equilíbrio que deverá cuidar entre "a firmeza na profissão da fé e o diálogo honesto e fraterno com o mundo da cultura e da busca. É preciso assegurar, nos cristãos, o forte vínculo com Jesus Cristo: a Videira verdadeira. Então não se produzirão confusões na identificação dos valores cristãos e sua conveniente manifestação pública e privada".
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Depois de indicar que "alguns pensarão que trato desconsideradamente aos membros de minha Igreja", esclareceu que procurava refletir em voz alta "no empenho de uma maior coerência entre meu compromisso temporário e a fé que professo. Não posso ser cristão ‘pela metade’, como quem se inscreve em uma instituição que desconhece, ou cuja titularidade é exibida como um valor herdado e menosprezado". "É o momento de fazer-se cargo da missão anexa à identidade declarada. Se for cristão devo me comportar como tal e aceitar –de verdade– suas exigências", destacou.
Dom. Castagna considerou que "desta maneira obtemos o ideal procurado com ansiedade entre as ofertas contraditórias da sociedade que integramos", porque "ser cristãos é uma missão desafiante e exigente; refiro-me a sê-lo sem esperar que nos traga satisfações superficiais e escorregadias".
"É uma resposta de amor –continuou o Prelado– a Quem nos ama até o extremo de nos dar a seu Unigênito. É aprender que o caminho do progresso inclui a cruz e não se obtém sem empreendê-lo e prossegui-lo com valentia e generosidade. A mística cristã implica uma ascese". "Não como o mundo quer apresentá-la, ou qualificá-la, ao modo de uma aguada atividade. Exige uma disposição ao sacrifício que está motivada continuamente pelo amor", concluiu.