Cardeal Rouco ressalta necessidade de velar pela saúde corporal e espiritual do doente

MADRI, 24 de mai de 2006 às 17:24

Por ocasião da Jornada Pascal dos Doentes, celebrada no dia 21 de maio, o Arcebispo de Madri, Cardeal Antonio María Rouco Varela, indicou que neste ano de 2006, "fixamo-nos de modo particular no acompanhamento espiritual do doente, posto que, quando nos chega a enfermidade" fazem falta esses cuidados.

"Assim o fazia Jesus Cristo nosso Senhor, com os doentes que se apresentavam a ele, pois se preocupava com sua cura corporal e sua saúde espiritual", enfatizou o Prelado. "É assim em continuidade com o que Jesus fazia e ensinou a realizar a seus apóstolos e discípulos, sua Igreja hoje também quer prolongar o acompanhamento espiritual, aproximando do mesmo Senhor a quem o necessita de modo singular ao encontrar-se doentes", ressaltou o Cardeal.

O Cardeal manifestou que "o Santo Padre nos ajuda a compreender que o exercício da caridade vai unido ao anúncio da Palavra e a administração dos Sacramentos, pois na Igreja praticar o amor para os doentes e os necessitados de todo tipo, pertence a sua essência tanto como o serviço dos Sacramentos e o anúncio do Evangelho".

"Durante uma enfermidade necessitamos do dom de fortaleza do Espírito Santo que nos comunica na acolhida da Palavra de Deus e na celebração dos Sacramentos: a Penitência, a Unção dos Enfermos e a Eucaristia", assegurou.

O Prelado destacou que "o Senhor continua nos acompanhando na fragilidade da doença e na debilidade do pecado e da mesma maneira que Ele em sua morte e ressurreição já venceu à morte e ao pecado, assim também nós mantemos nele nossa esperança".

Fazendo referência à solenidade do Pentecostes, o Cardeal Rouco lembrou que "o Senhor, depois da Ascensão, enviou ao Espírito Santo, que nos ajuda a curar o coração doente e é ‘fonte de maior consolo’ em meio à doença". Por sua vez pediu pelos que trabalham na atenção sanitária e na pastoral da saúde, profissionais, voluntários e familiares dos doentes, para que "abram sua alma ao dom do Espírito Santo e possam acompanhá-los também espiritualmente".

O Prelado pediu ao Senhor para que os doentes abram seu coração ao Espírito Santo e experimentem que a força de Cristo se realiza na fraqueza, de uma vez que ressaltou "a importância que tem a proximidade e o acompanhamento de seus familiares e amigos que será também um sinal da presença de Deus em meio da solidão que muitas vezes comporta o estar doente", concluiu.