KONIGSTEIN, 30 de mai de 2006 às 15:52
O chanceler da diocese de Ndola (Zâmbia), Pe. Alick Mbanda, disse que a Igreja nesse país cumpre um papel essencial na luta contra a AIDS sem comprometer seus ensinos tradicionais, enquanto que "o Governo tem feito muito pouco e tardiamente."Durante sua visita à sede da organização Ajuda à Igreja que Sofre, o sacerdote explicou como os programas católicos para combater a AIDS foram vitais para alcançar a diminuição de HIV em um país que tem aproximadamente 2 milhões de pessoas infectadas em uma população de 11 milhões de habitantes.
O chanceler descreveu como a Igreja solucionou a crise distribuindo remédios contra o vírus e promovendo com êxito a abstinência mediante a introdução do tema do AIDS nos programas de catequese.
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Com a ajuda de líderes leigos, a Igreja elaborou programas de catequese para jovens, nos quais se aborda o risco do HIV, sobretudo, em relação ao comportamento promíscuo. Os líderes animam às pessoas que querem casar a fazer primeiro o teste de AIDS, e para os infectados, os bispos estão desenhando um plano para uma espécie de sítio onde possam alojar-se, receber assistência social e remédios.
"Finalmente, começamos a vislumbrar um pequeno progresso", comentou o Pe. Mbanda. "O número de pessoas infectadas não aumentou, e graças à campanha que estamos levando a cabo para solucionar o problema, os números por fim estão caindo", acrescentou e ressaltou a importância da oposição dos bispos do país aos métodos anticoncepcionais e a insistência na abstinência:
"Há algumas ONGs que dizem que as pessoas deveriam utilizar preservativos, mas o problema é que com os preservativos se dá via livre à promiscuidade. De fato, piora o problema", recordou o sacerdote e ressaltou a importância da fé em ação: "Não podemos nos limitar a pregar o Evangelho e falar sobre a Missa sem vivê-los. Viver o Evangelho e pregá-lo fica difícil se não conectarmos com os problemas de nossos tempos", ressaltou.