MEXICO D.F., 30 de mai de 2006 às 19:50
Ao celebrar o "Foro 3 de Julho pelo governo do México" na Câmara dos Deputados, o Bispo Auxiliar do México, Dom Abelardo Alvarado Alcántara, fez um convite às forças políticas a respeitar a autoridade eleitoral, e apostar "pela legalidade, pelo respeito às instituições e descartar a idéia de um conflito eleitoral que alguns pareciam estar desejando"O Prelado disse que pretender que o processo eleitoral se resolva em um tribunal é "correr riscos desnecessários e imprevisíveis" e indicou que a Igreja Católica no México, em particular os bispos, vêem um "cenário eleitoral preocupante, já que na eleição do dia 2 de julho, a diferença de votos será mínima".
O anterior, advertiu o Bispo, pode trazer um clima de violência que seria muito perigoso, devido ao fato de que o Presidente eleito se encontraria impossibilitado de integrar um Governo que tenha autoridade reconhecida e lhe permita realizar uma gestão eficaz.
"A discórdia não beneficia ninguém, a divisão e o transbordamento das paixões, só conduzem a violência. É o momento de procurar a unidade, a reconciliação e a paz social", anotou.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
O também chefe do Departamento Episcopal de Relações Igreja-Estado pediu aos candidatos presidenciais e dirigentes dos partidos que se comprometam publicamente diante da sociedade a respeitar os resultados da eleição, quaisquer que sejam estes.
"Apostem na legalidade, pelo respeito às instituições e descartem a idéia de um conflito eleitoral que alguns pareciam estar desejando", assinalou e acrescentou que "os bispos da Igreja Católica exortamos a toda a cidadania a superar os sentimentos e as paixões partidárias, próprias da luta eleitoral, procuremos o bem do país e a união de todos os mexicanos para colaborar com o novo governo e assegurar um governo democrático".
Além disso, pediu a todos os cidadãos que vençam a apatia e que votem no próximo dia 2 de julho, para vencer o abstencionismo e que o processo eleitoral culmine em um claro triunfo de quem responde melhor às demandas dos cidadãos.