MÉXICO, 4 de ago de 2004 às 15:06
Dom Rodrigo Aguilar, Presidente da Comissão Episcopal de Pastoral Familiar da Conferência do Episcopado Mexicano (CEM) fez um chamado às autoridades a aprovar leis que defendam os direitos das mulheres.
Durante a apresentação da Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre a Colaboração do Homem e da Mulher na Igreja e o Mundo, Dom Aguilar, presidente da Comissão Episcopal de Pastoral Familiar (CEPF), rejeitou o feminismo e a competição que se gerou entre os gêneros, e fez um chamado a harmonizar as leis e a organização do trabalho com as exigências da mulher dentro da família.
O Prelado destacou que o problema da dignidade da mulher no país não é apenas jurídico, econômico ou administrativo mas de mentalidade e de respeito.
“A Igreja se sente agora interpelada por algumas correntes de pensamento, cujas teses freqüentemente não coincidem com a finalidade genuína da promoção da mulher” disse o Bispo.
A respeito do feminismo radical indicou que “toda perspectiva que pretenda se propor como luta de sexos só pode ser uma ilusão e um perigo, perigo de antagonismo, de não chegar a uma complementação ma a uma competição”.
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Dom Aguilar disse que entre os sexos “deve haver igualdade de oportunidades e o chamado é a legislar esta participação na vida pública, incluindo a política e empresarial e social, para alcançar o equilíbrio e inclusive a complementaridade dos sexos”.
Revalorizar o trabalho no lar
Por sua vez, a Licenciada Martha Tarasco, integrante do Departamento da Vida da CEPF, disse que a Igreja propõe evitar estigmatizar aos que desejam se dedicar ao trabalho doméstico.
“As mulheres que livremente desejarem poderão dedicar a totalidade de seu tempo ao trabalho doméstico sem ser estigmatizadas socialmente e penalizadas economicamente”, disse Tarasco.
A licenciada afirmou que “por outro lado, as que desejarem desenvolver também outros trabalhos poderão fazê-lo com horários adequados, sem verem-se obrigadas a escolher entre a alternativa de prejudicar sua vida vida familiar ou de padecer uma situação habitual de tensão, que não facilita nem o equilíbrio pessoal nema harmonia familiar”.