BOGOTÁ, 13 de jun de 2006 às 18:58
O Presidente da Conferência Episcopal Colombiana, Dom Luis Augusto Castro, descartou que os bispos desse país protagonizem o referendo para reverter a sentença da Corte Constitucional da Colômbia que despenalizou o aborto recentemente.
Em declarações a Radio Caracol, o também Arcebispo de Tunja, Dom Luis Augusto Castro, assinalou que a postura expressa nesta manhã por Dom Libardo Ramírez, Presidente do Tribunal Eclesial, é individual e não foi estudada pela assembléia de bispos.
"Tivemos comitê permanente recentemente tempo e não se falou do tema, não passou por nossa cabeça", assinalou e adicionou que a proposta "portanto não passará por nossa cabeça na próxima Conferência Episcopal, de maneira que se deve diferenciar entre a posição de um bispo e a conferência"
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Por sua parte, o Bispo Emérito de Florência e Ex-presidente da Conferência Episcopal Colombiana, Dom Fabián Marulanda, explicou que "aos bispos nos corresponde anunciar o Evangelho da vida para que cada pessoa saiba o que deve fazer ou não, frente ao caso do aborto" que será sempre "um pecado grave e nessa ordem de idéias, jamais desaparecerá" e convidou aos colombianos a não apoiar a descriminalização, porque uma coisa é o que se possa pensar e outra, o que se possa fazer.
"A Colômbia é um estado social de direito e as decisões da Corte nos merecem respeito, assim estejam a favor ou contra, mas a Igreja pensa outra coisa". O Prelado indicou que, sem importar as circunstâncias, o aborto sempre será pecado e "não há nenhuma possibilidade para que uma legislatura recorra a outros procedimentos".
Entretanto, o Reitor da Universidade Gran a Colômbia e ativista pro-vida, José Galat Noumer, comentou que vão levar pelo menos sete milhões de assinaturas", para o referendo "porque não somente os católicos, mas inclusive os protestantes e as pessoas que não têm nenhuma religião, mas que respeitam a vida, estariam dispostos a assinar este plebiscito, e colocar freio aos abusos da Corte Constitucional".