Uma porta-voz da Comissão Episcopal de Educação da Conferência Episcopal Boliviana (CEB), exigiu ao Governo esclarecer qual é sua posição sobre o ensino de religião nas escolas fiscais e de convênio, depois que o Ministro da Educação, Félix Patzi, disse que a religião católica já não será a "oficial" nos centros educativos.

"Estamos preocupados, não de temor mas sim de inquietação, porque o Governo tem que definir sua posição para iniciar o diálogo", assinalou Micaela Princiotto, membro da Comissão Episcopal de Educação e do Conselho Nacional de Educação. Indicou que quando o Ministro Patzi assinala à Igreja como "colonizadora", ignora as contribuições que ela dá à cultura, educação, saúde e à promoção do povo boliviano.

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Princiotto recordou que a Igreja demonstra abertura a outras crenças e não obriga que a religião católica seja obrigatória, mas perguntou se o Governo de Evo Morales respeitará a fé da população boliviana, que "em 80 por cento é católica". "Acredito que o problema não é com a Igreja, mas sim com a fé das pessoas, como povo de Deus", expressou.

Recentemente se apresentou o projeto de lei da Educação Boliviana "Avelino Siñani", o qual propõe uma educação laica e que a disciplina de religião seja opcional. O texto será analisado no Congresso Nacional da Educação entre o dia 10 e 15 de julho em Sucre.