O Vice-Presidente da Conferência Episcopal Espanhola (CEE) e Arcebispo de Toledo, Cardeal Antonio Cañizares, questionou aos que repudiam a guerra ou a violência doméstica mas não se opõe ao aborto.

Durante sua participação no curso de verão “Catolicismo e Espanha” que oferece a Universidade CEU-San Pablo e a Fundação García Morente, o Bispo analizou o estado moral do país e se perguntou “como se pode dizer não à guerra, dizer não à violência doméstica e dizer sim ao aborto?”.

Segundo o Arcebispo, família, educação e defesa da vida não são “verdades de fe” mas sim “as três realidades básicas que configuram o que é e o que está chamada a ser a Espanha hoje e no futuro”.

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Estes âmbitos, adicionou, “não têm caráter confessional, mas sim se dirigem a todas as pessoas independentemente de sua opção religiosa”. O Cardeal Cañizares explicou que muitos pais de familia "pedem atenção urgente a família hoje, que padece grandes males, e já é hora de encarar suas soluções sem complexos".

Para o Prelado, uma das causas da crise da famiíia é a "praga do divórcio que cobra suas vítimas nos filhos". Sobre as uniões homosexuais e o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo, disse que com estas permissões "está se destruindo a verdade do matrimônio" e se leva a "quebra" da humanidade que existe nas famílias surgidas do matrimônio entre um homem e uma mulher.

"Me ferem os ouvidos quando falaz de progresso e defendem aspectos que denigrem a familia", afirmou e pediu ao Governo que não diga que "faz progresso com as uniões homossexuais porque isso não é nenhum bem social".