ROMA, 16 de jun de 2006 às 13:54
Um informe da União de Superiores Generais (USG) afirmou que um ano depois da assinatura do acordo de paz que terminou com 21 anos de guerra civil, a Igreja no Sudão, mesmo que ainda esteja vulnerável, vive uma nova etapa que lhe permitirá fortalecer a fé de seus membros.
Segundo a agência vaticana Fides, uma delegação da USG visitou o país a pedido dos bispos locais. O informe assinala que durante a guerra civil a Igreja "sofreu perseguições". Afirma que mesmo que "ainda esteja vulnerável", está "vivendo um momento de transição e de transformação" que permite passar de "uma Igreja defensiva a uma Igreja evangelizadora, com a paixão por Cristo e a paixão pela humanidade".
O informe também pede realizar uma profunda pesquisa sobre as condições da população e da Igreja no sul do Sudão para elaborar projetos solidários.
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O texto destaca que o acordo de paz feito em janeiro de 2005 entre o Governo e o Exército-Movimento de Libertação do Povo do Sudão, estabelece entre outros pontos, a realização de um referendo no ano de 2011 para que a população decida seu próprio destino.
"Durante a guerra, a fé se difundiu rapidamente, sobretudo graças aos catequistas. Agora que chegou a paz, se adverte com força a necessidade de alimentar esta fé que segue sendo frágil", explica o texto.
O informe reconhece que a cristandade "no Sudão esteve sempre marcada tanto pelo sofrimento como pela fidelidade", pelo que "apesar das dificuldades a população é otimista com respeito ao futuro".