MADRI, 22 de jun de 2006 às 18:38
O Presidente da Comissão de Migrações da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), Dom José Sánchez, assinalou que repatriar os imigrantes subsaarianos desde Canárias a seus países de origem não é a solução ao problema migratório, e indicou que a Igreja faz "o máximo que pode".
Na sede da Cáritas Espanha, o também Bispo da Sigüenza-Guadalajara explicou que a solução passa por abordar o problema desde sua própria raiz. Entretanto, lamentou que nisto os países desenvolvidos estejam ainda longe.
O Prelado afirmou que a Igreja faz em Canárias "o máximo que pode" em atenção aos imigrantes ilegais. Disse que o trabalho das pessoas envolvidas é "admirável, mas totalmente insuficiente".
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Dom Sánchez expressou a necessidade de um trabalho conjunto entre a Comissão Episcopal de Migrações e a de Pastoral Social "em razão das necessidades das pessoas que atendemos". Assinalou que "a situação dos imigrantes implica a todos os serviços e âmbitos pastorais da Igreja, das relações interconfessionais ao trabalho missionário".
Por sua vez, o presidente da Comissão Episcopal de Pastoral Social, Dom Juan José Omella, destacou que os imigrantes "são o centro da intervenção prioritária da Cáritas, que orienta todo seu trabalho neste terreno a proteger sua dignidade". Nesse sentido, afirmou que parte do trabalho é pôr em andamento "programas de co-desenvolvimento nos países de origem dos imigrantes" para "melhorar as condições de vida e incidir nas causas do fenômeno".
O Prelado também chamou os meios de comunicação a se envolverem na mudança da sociedade, promovendo uma transformação de atitudes e "estruturas que permitam construir uma sociedade mais coesa e um futuro para todos".