"A catequese de iniciação é a iniciação no mistério de Cristo na Igreja, e para nós se transformou em preparação da primeira comunhão e confirmação", explicou o Bispo de Morón e Presidente da Comissão Episcopal de Catequese (CEC), Dom Luis Guillermo Eichhorn, ao se referir à necessidade de utilizar novos métodos para a catequese.

Em uma entrevista concedida ao boletim eletrônico Comunicandonos do Instituto Superior de Catequese Argentino, o Prelado indicou que "hoje em dia, se queremos renovar a Igreja, nossas comunidades e nossa vida cristã, temos que fazer um processo de iniciação cristã" e advertiu de uma "separação dos objetivos", porque "a catequese de iniciação é a iniciação no mistério de Cristo na Igreja, e para nós se transformou em preparação da primeira comunhão e confirmação".

Segundo o Presidente da CEC, "aos 90% das pessoas você pergunta sobre a iniciação cristã pensam na primeira comunhão e na confirmação das crianças. E da iniciação à vida cristã da catequese de adultos, de tudo o que é o processo integral da catequese, liturgia, vida cristã, compromisso, comunidade: nada".

"Temos que nos dar conta de que por seguir com esse sistema tradicional, que responde a uma cristandade determinada, evidentemente estamos assistindo a uma descristianização de nossa gente. Hoje em dia, se quisermos renovar a Igreja, nossas comunidades e nossa vida cristã, temos que fazer um processo de iniciação cristã. Todos", advertiu.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

Dom Eichhorn afirmou que a separação entre catequese e liturgia "é um processo que vem mal pisado desde o começo, porque a catequese, de fato, historicamente no catecumenato, aponta à profissão de fé do batismo, junto com os outros sacramentos de iniciação. Mas se supunha a fé como elemento essencial".

"Ao fazer o batismo de crianças, o catecismo da Igreja Católica requer uma iniciação pós-batismal. Desde aí vem o problema: separa-se o que é o processo catequético do processo litúrgico: batiza-se e depois se dá a catequese", expressou.

"Faz-se a catequese -prosseguiu Dom Eichhorn- e se completa a iniciação cristã com os outros dois sacramentos que ficam como desprendidos do batismo. O problema não é se a confirmação deve ir antes ou depois: o problema é não separar os sacramentos do processo de catequese. A ordem é relativa, é uma questão de conveniência pastoral".

Ao referir-se então a uma pesquisa que a CEC está aplicando nas dioceses do país, o Bispo de Morón disse que "estão respondendo muito bem a pesquisa, porque está tocando aonde eles sentem que lhes falta; é um tema que faz tempo que não se conversa nem se reflete, e as pessoas foram se afastando das práticas da fé, e por ende, dá-se uma formação muito baixa. Todas estas são coisas que deve-se voltar a conversar".