Tortura, cárcere e pena de morte são os castigos que com freqüência enfrentam os cristãos em vários países da Ásia por serem fiéis a sua própria fé. Segundo o Relatório sobre Liberdade Religiosa 2005 da Associação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), são milhares os cristãos que padecem perseguição por parte das autoridades políticas ou religiosas em seus respectivos países.

O jornal La Razón difundiu parte deste relatório apresentado em Roma e precisou que "em todo o mundo, o continente asiático -incluindo Oriente Médio-, é o que registra um maior número de abusos contra a liberdade religiosa".

"Em certas regiões, por exemplo, está proibido falar da religião não oficial em público. O culto cristão é, em outros termos, desculpa suficiente para acabar com os ossos no cárcere. O caso da China, onde os católicos só podem professar sua fé ‘se alistando’ a uma organização nacional que controla seus movimentos (a Igreja Patriótica ou Associação Patriótica), é um dos mais duramente criticados no relatório", precisou o jornal.

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O relatório cita também o caso da Índia, "onde o crescente nacionalismo hindu e as últimas leis ‘anticonversão’ derivaram em ataques contra os cristãos que incluem várias mortes ainda por esclarecer.

Na Ásia e Oriente Médio, os países onde se registraram mais denúncias de perseguição são o Iraque, Palestina, China, Arábia Saudita, Irã, Índia, Sri Lanka, Laos, Vietnã e Coréia do Norte.

La Razón destaca que "o relatório também indica abusos em outros continentes. Na África se destacam melhoras em Marrocos e Tunísia, mas se denuncia uma piora da situação na Argélia, Quênia, Nigéria, Eritrea, Líbia, Ruanda, Mauritânia e Egito. Tampouco a Europa se salva das críticas. AIS vê um crescimento do laicismo radical que freia a liberdade da Igreja na Rússia, Georgia, Sérvia e Bósnia".