CARACAS, 14 de jul de 2006 às 14:04
O Arcebispo de Coro, Dom Roberto Luckert, lamentou o anúncio do Ministro da Educação de politizar a educação no país e eliminar os cursos de religião, e pediu às autoridades não "fazer de nossos garotos uns zumbis políticos".
O Ministro Aristóbulo Istúriz declarou há alguns dias à imprensa que "o Estado é quem deve formar cidadãos de acordo com sua teoria política, de acordo com sua visão de República", e oficializou o resgate de um decreto que considera que o curso de religião deve sair dos programas escolares.
Dom Luckert declarou à Rádio União que o Ministro Istúriz não pode politizar a educação, porque "vai contra a constituição que diz claramente que a educação em nosso país é aberta e respeitosa dos critérios, das idéias das opiniões e não nos podem impor uma só linha e assim fazer de nossos garotos uns zumbis políticos".
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"É inaceitável por inconstitucional e violatório da Declaração Universal dos Direitos humanos, o propósito manifestado por funcionários, entre eles Aristóbulo Istúriz, de politizar a educação e transformar os docentes em agentes de doutrinação de um determinado modelo político", indicou.
Para o Arcebispo, urge que o país se coloque "no caminho de procurar a reconciliação nacional e de que todos os venezuelanos entendam que todos cabemos na Venezuela e que aqui não pode haver mais discriminação entre defensores do processo e os que não o estão".
"Isto é algo maniqueísta que está causando muitos danos à Venezuela e que está enfrentando uns aos outros e a isso se acrescenta esse militarismo exacerbado de estar preparando jovens à violência, ensinando-lhes a utilizar armas em uma suposta guerra assimétrica. Tudo isso está criando um clima de beligerância na Venezuela, coisa que nunca a tínhamos vivido", afirmou.