BOGOTÁ, 26 de jul de 2006 às 18:09
A 81º Assembléia Plenária da Conferência Episcopal Colombiana (CEC) começou com um enérgico chamado a não permitir a descriminalização do aborto nem o reconhecimento jurídico dos casais homossexuais.
O Presidente da CEC e Arcebispo de Tunja, Dom Luis Augusto Castro Quiroga, ofereceu uma mensagem inaugural na qual recordou que o Papa Bento XVI considera que a vida, a família e a educação não são temas negociáveis.
Neste sentido, o Arcebispo reiterou que a decisão da Corte Constitucional de descriminalizar o aborto parcialmente, não converte esta prática "em uma ação moral reta".
Do mesmo modo, esclareceu que a Igreja Católica não discrimina os homossexuais, mas não aceita o reconhecimento jurídico destes casais pois "não existe nenhum fundamento para assimilar ou estabelecer analogias, nem sequer remotas, entre as uniões homossexuais e o intuito de Deus sobre o matrimônio e a família".
Em matéria de educação religiosa, Dom Castro reiterou o chamado dos pais de família para que exijam que este direito seja respeitado por lei.
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Em outro momento de seu discurso, o Presidente da CEC destacou o apoio especial que merece o político católico colombiano, que deve decidir sobre novas leis e "rejeitar aquelas que não sejam corretas moralmente".
Assinalou que embora as reformas introduzidas nos últimos anos reduziram os níveis de impunidade, é necessário "exercer uma pressão ética sobre o sistema judicial para que evite cada vez mais a impunidade".
Ao refletir sobre a situação da Igreja na região, o Arcebispo considerou que existem brechas que "desafiam de diversas maneiras nossa pastoral de comunhão", como aquela entre Igreja e política e entre democracia e desenvolvimento.
"Não há uma política cristã mas sim uma luz cristã sobre a política. Esta luz gera sensibilidade por tudo o humano que a política às vezes tende a sacrificar, em vistas a outros objetivos", indicou.
Também assegurou que no continente latino-americano "há muita democracia eleitoral mas pouca democracia de cidadania apoiada no exercício dos direitos sociais. Por isso sua dificuldade para que seja caminho mais efetivo para o desenvolvimento, isto é, para a eliminação dos altos índices de pobreza e desigualdade".