BUENOS AIRES, 28 de jul de 2006 às 15:35
O semanário argentino Cristo Hoy lançou uma campanha de oração pela saúde de Laura Figueroa, a mãe argentina grávida que decidiu pospor um tratamento contra o câncer que padece para salvar a vida de seu nono filho.Conforme informou Cristo Hoy, Laura "encontra-se na etapa terminal de sua enfermidade. O diagnóstico é metástase cerebral, considerado irreversível".
Há duas semanas, em 12 de julho nasceu o pequeno Pedrito com apenas 27 semanas de gestação e pesando 1,100 kg. O estado do bebê também é grave. "Embora já se descartaram problemas respiratórios, tem problemas renais provocados pelos inconvenientes cardíacos. O bebê segue em terapia intensiva de neonatologia", indicou o semanário.
A avó Vicenta, mãe da Laura, declarou a Cristo Hoy que "estão todos muito unidos lutando e rezando". Segundo a publicação, Dona Vicenta "apesar dos sofrimentos se encontra íntegra cuidando tanto a sua filha como de seus netos. Sente enormemente o apoio que recebe de seus outros filhos. Os quais nos tempos difíceis lhe souberam recordar, não com palavras, mas com ações a verdadeira essência de uma família com base sólida e valores claros".
Os oito irmãos do pequeno "estão ansiosos para conhecer o novo integrante da família e esperam ter logo em suas mãos a foto que lhes prometeu a pediatra. Convidamos a todos os leitores do semanário a unir-se em oração com esta família e pedir especialmente pela saúde deste modelo de mãe e de seu bebê", assinala Cristo Hoy.
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A história
Laura Alejandra Figueroa tem 39 anos de idade e comoveu a sociedade argentina com seu valente testemunho.
Faz uns meses, esta nova mãe coragem confessou a Cristo Hoy que com sua decisão quer mostrar seu amor "a este filho que vem da mesma maneira que mostrei aos outros que tenho. Quero que meu filho saiba que o amo e que o vou amar sempre, que vou dar minha vida se for necessário".
Em março passado lhe diagnosticaram câncer de mama e lhe proporam um tratamento de quimioterapia que arriscaria seriamente a vida do bebê que levava no ventre, por isso decidiu esperar até seu nascimento.
Laura explicou que com sua decisão pôs em primeiro lugar a vida de seu filho. "É lógico que não pretendo descuidar da minha saúde, já que tenho a responsabilidade de proteger minha própria vida e a de meu bebê, mas não obstante isto, evito tudo o que, por amparar minha saúde, possa afetar a de meu filho", indicou.
Além disso, quis que seu testemunho ajude a quem defende a vida desde a concepção. "Hoje, mais que nunca, há pessoas que estão contra a vida, que hoje quer legalizar o aborto, ao que considero um crime abominável, por isso peço que este testemunho sirva para que os que o leiam se animem a defender a vida por nascer. Eu gostaria que todas as mulheres que estão esperando um filho tenham em conta que nenhuma situação, por mais dura que seja, justifica tirar a vida do bebê que levam em seu seio. Nem sequer em caso de violação ou de risco da própria vida", disse Laura.