SANTIAGO DO COMPOSTELA, 11 de ago de 2004 às 12:46
O Arcebispo de Pamplona e Tudela e vice-presidente da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), Dom. Fernando Sebastián Aguilar, assegurou que um Estado laico termina por transformar-se em totalitário ao desconhecer a liberdade religiosa.“Um Estado laico acaba sendo totalitário porque desconhece um dos ingredientes da liberdade, que é a liberdade religiosa”, afirmou Dom. Sebastián no Santiago de Compostela no transcurso de uma coletiva de imprensa no encerramento da Peregrinação Européia de Jovens (PEJ’2004).
Em relação à questão da laicidade do Estado, o Prelado explicou que existe “uma campanha leiga” que pretende impor “um Estado e uma sociedade leiga, que não é o que reflete nossa Constituição”.
O vice-presidente da CEE assinalou que a Constituição espanhola “considera a religião como algo bom que terá que proteger ao nível de outras dimensões humanas”.
Por outro lado, o Arcebispo prestou declarações sobre o projeto de lei do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) que quer igualar as uniões homossexuais aos matrimônios.
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“Embora a Igreja não se opõe a que se reconheçam direitos civis a certo tipo de uniões, nunca admitirá sua equiparação com o matrimônio”, declarou Dom. Sebastián.
O Arcebispo de Pamplona não duvidou em afirmar que “a sociedade espanhola teria que rebelar-se contra o projeto de lei do matrimônio homossexual, já que atenta contra as bases da convivência social, que se funda na família”.
“Quando os católicos defendem o verdadeiro matrimônio, estamos defendendo a dignidade da sexualidade”, indicou mais adiante e afirmou que “o Parlamento, com todos seus poderes civis, não pode trocar a natureza humana, que estabelece a complementaridade sexual entre homem e mulher”.
Finalmente, o Prelado compartilhou que o momento mais importante da PEJ’2004 se deu quando João Paulo II, através de um vídeo, dirigiu-se a todos os jovens congregados em Santiago para pedir-lhes que assumissem seu compromisso “com Cristo, com o trabalho e com a oração”.