MADRI, 11 de ago de 2004 às 13:55
A Plataforma civil Hay Alternativas ao aborto felicitou o Executivo por sua decisão de postergar a ampliação da lei do aborto, não considerá-lo como uma de suas prioridades imediatas e abrir previamente um debate social sobre o tema.
Hay Alternativas elogiou “o gesto de prudência e sensatez do Executivo”, depois que o presidente do Governo, José Luis Rodríguez Zapatero corroborava o anúncio do ministro da Justiça, Juan Fernando López Aguilar, “em relação ao adiamento da ampliação da Lei do Aborto até o ano de 2006”.
A Plataforma ofereceu “prestar assessoria ao Governo neste tempo para obter que se alcance o objetivo exposto pelo ministro da Justiça: ‘promover uma pedagogia social em torno das alternativas que existem’ de maneira que o aborto seja realmente a última opção”.
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Entre as propostas oferecidas ao Executivo figuram “uma partida dos Orçamentos Gerais do Estado de 2005”, além “da criação de bolsas de trabalho e centros estatais de acolhida para mães solteiras, a criação de associações privadas dedicadas à atenção de gestantes, -em especial adolescentes e imigrantes-, e a implantação de um plano de prevenção apoiado em uma eficaz e integral educação afetiva e sexual, entre outras questões”.
Conforme Hay Alternativas “estas medidas deveriam ir unidas a uma vigilância mais estreita do cumprimento da lei vigente, de maneira que se observem as normas de informação sobre os efeitos físicos e psicológicos que o aborto cria para a mulher” e as alternativas que existem a este.
Sobre a necessidade de informação, a dirigente federal do PSOE, Trindade Jiménez, sublinhou a necessidade de empreender campanhas de informação sexual que permitiriam "atuar com caráter preventivo" e evitariam no possível que se chegasse "a essa situação não desejada pela mulher que é ver-se obrigada a abortar".