DENVER, 18 de ago de 2006 às 14:18
O Arcebispo de Denver, Dom Charles Chaput, em resposta a uma coluna escrita por um líder islâmico local em que, segundo o Prelado, indicava uma série de mentiras sobre o cristianismo, precisou que para o diálogo e a paz se requer "honestidade e arrependimento de parte de muçulmanos e cristãos".
Dom Chaput recordou que enquanto os cristãos cometeram pecados contra muçulmanos no passado, dizer que estes últimos não cometeram seus próprios pecados e que não atuaram que maneira violenta e militante é simplesmente mentira.
"De fato, o Império Bizantino já tinha resistido à expansão muçulmana no Oriente durante 400 anos antes de que o Papa Urbano II chamasse à Primeira Cruzada, como resposta definitiva à geração da jihad armada", explicou o Arcebispo.
Do mesmo modo, o Prelado destacou que "as comunidades cristãs que sobreviveram (no Oriente Médio) sofreram séculos de marginalização, discriminação, violência, escravidão e perseguição, não sempre e não em todos lados, mas é um tema constante e recorrente dentro da dominação muçulmana".
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Dom Chaput destacou além disso que os cristãos foram perseguidos pelos muçulmanos na Turquia e Egito nos inícios do século XIX e que em diversos lugares continuam sendo perseguidos até hoje "de Bangladesh, Irã, Sudão, Paquistão e Iraque, até a Nigéria, Indonésia e inclusive em grandes áreas das Filipinas". "Na Arábia Saudita as expressões cristãs públicas estão proibidas. E no Líbano, em apenas 50 anos, passou-se de uma maioria cristã a uma população majoritariamente islâmica", acrescentou.
O Arcebispo de Denver comentou também que graças às grandes liberdades que se vivem nos Estados Unidos, seus cidadãos têm a oportunidade de superar a difícil história entre cristãos e muçulmanos. "Mas o respeito não pode emergir da falsidade", precisou.
"Especialmente em uma era de terrorismo e guerra inspirados na religião, não se pode chegar à paz ignorando, alterando ou reescrevendo a história; mas enfrentando com humildade o que na realidade aconteceu e ir curando as feridas", concluiu o Prelado.