BUENOS AIRES, 18 de ago de 2006 às 17:38
O Bispo Emérito de Viedma, Dom Miguel Esteban Hesayne, criticou que se pretenda lealizar o aborto com uma "campanha hipócrita e desleal", e considerou que legalizar essa prática "é legalizar um crime e admitir que o fim justifica os meios".
"Hipócrita, porque se hasteia a bandeira da Democracia e até a dos direitos humanos, usando eufemismos como a suspensão da gravidez. Desleal, porque com hábil estratégia a favor do aborto se movem setores do atual Governo, que promovem por sua vez a promoção e a defesa irrestrita dos Direitos humanos", anotou o Prelado.
Dom Hesayne indicou que "matar um não nascido para supostamente salvar a vida da mãe não só legaliza um crime mas também leva os argentinos ao princípio do fim, justifica os meios que no passado nos levou a terrorismo de Estado".
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Acrescentou que é "preocupante que muitos profissionais, dirigentes políticos ou governamentais, continuem caindo na armadilha do nefasto princípio que sustentou o terrorismo de Estado com a trágica conseqüência do genocídio argentino".
Do mesmo modo, lembrou que o tema do aborto não é originalmente um tema religioso, mas sim fundamentalmente antropológico que "interessa à Igreja como tudo o que se refira ao bem integral do homem".
Finalmente, o Bispo Emérito de Viedma expressou seu desejo para que os legisladores não ocupem o tempo em leis para matar legalmente bebês não nascidos mas sim para diminuir os progressos da macroeconomia à microeconomia familiar, que dêem às famílias argentinas uma cesta familiar cada vez mais digna.