BUENOS AIRES, 25 de ago de 2006 às 02:24
O Colégio de Farmacêuticos de Buenos Aires denunciou à procuradoria penal de La Plata o livro "Adolescência e Saúde. Polimodal em estudo", que ensinaria aos adolescentes a aproveitar os efeitos secundários de poderosos fármacos a fim de abortar.
A denúncia contempla suposta apologia do aborto e exige que a Direção Geral de Cultura de Educação de Buenos Aires esclarecer o assunto.
Em uma de suas páginas, o texto menciona sob o título de "Medicamentos abortivos", aos fármacos Metotrexato –usado para aliviar os sintomas de artrite e certas neoplasias– e Oxaprost, um produto de venda controlada, que contém um anti-inflamatório combinado com o composto misoprostol.
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O texto, da editora Puerto de Palos, afirma que estes medicamentos "produzem uma diminuição da mortalidade por abortos. devido à escassa e negativa informação que circula sobre eles, são mal utilizados, sem prescrição médica e, o que é mais grave, como método anticoncepcional, não compreendendo que na realidade interrompem a gravidez (aborto) e obrigam a expulsão do embrião".
O titular do Colégio Farmacêutico de Buenos Aires, Néstor Luciani, questionou o texto por "falacioso e incorreto", já que "há informação tergiversada".
Em declarações à imprensa local, advertiu que "a ação terapêutica que se atribui às drogas mencionadas não é a indicada por parte da autoridade sanitária competente, e sua utilização como medicamento abortivo poderia ter efeitos fatais".