Bispo chileno explica risco abortivo de pílula do dia seguinte

SANTIAGO, 9 de set de 2006 às 23:59

O Presidente da Conferência Episcopal Chilena, Dom Alejandro Goic, reiterou aos meios de comunicação locais que a Igreja considera que a discussão sobre o caráter abortivo da “pílula do dia seguinte” ainda “não está claro”, e que o debate “ainda não se fechou”.

O também Bispo de Rancágua explicou o nível de possibilidades do mencionado fármaco seja abortivo devido a sua componente básico: o levonorgestrel (componente ativo do Postinor 2), que, segundo muitos cientistas em nível mundial, pode ser “em alguns casos, abortivo” e “enquanto não haja uma claridade absoluta no cientista, há um princípio que diz na dúvida abstenha-se", sustentou o Prelado em entrevista à Rádio Cooperativa.

O Bispo explicou que o Governo, ao permitir a distribuição pública da pílula a menores de idade sem a necessidade de estar autorizados por seus pais, estaria também privando os pais de “um direito natural” desconhecendo que os pais são os primeiros educadores dos filhos e têm a responsabilidade de guiá-los.

Do mesmo modo, o Presidente da CECH explicou que a mensagem que dirige o Ministério de Saúde aos jovens é incoerente porque com a distribuição da pílula  está convidando-os a que “tenham relações sexuais,  com a pílula resolvem o problema” e questionou qual é realmente a sociedade que quer formar, se for uma “sociedade onde os jovens banalizem a sexualidade”.