ROMA, 15 de set de 2006 às 16:07
O Pe. Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé , indicou que a reta relação entre fé e razão, proposta novamente nesta viagem à Bavária pelo Santo Padre, parece ser "um dos temas guias deste pontificado".Em entrevista concedida à Rádio Vaticano em que comentou a recente viagem do Papa à Alemanha, o sacerdote comentou que "a fé impede que a razão se auto-limite em seus interesses, em seus objetivos e também em seu campo de ação e portanto se torna pobre e incapaz de guiar a humanidade diante dos grandes questionamentos de sempre e diante dos grandes problemas também éticos de hoje".
Ao falar sobre a afirmação de Bento XVI durante sua viagem: "a fé não é um amontoado de proibições, é uma opção positiva", o Diretor da Sala de Imprensa referiu que este "foi uma mensagem extremamente alentadora sobretudo para a Igreja local, que certamente vive em um tempo em que a sociedade está a caminho da secularização e portanto o anúncio da fé não é simples".
Em relação ao lema da visita papal à Alemanha: "Quem crê não está sozinho", o Pe. Lombardi disse que este "queria ir justamente nesta direção; queria fazer ver a beleza e a riqueza da comunhão em acreditar, comunhão com Deus sobretudo, mas também com toda a comunidade dos fiéis, e a possibilidade de diálogo, de serviço, de enriquecimento para a comunidade humana inteira, que vêm da fé viva".
Logo depois de precisar que o significado ecumênico desta passagem do Papa pela Alemanha porque seu anúncio foi "absolutamente compartilhável por todas as Igrejas e confissões cristãs", o Pe. Lombardi disse que no coração do Papa deve permanecer "um grande gozo de ter retomado força, impulso a suas raízes de fé; para a Igreja local é um grande ânimo e a Igreja alemã e a cultura alemã uma grande contribuição para a reflexão".
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Esta reflexão, manifestou o presbítero, deve versar "sobre a importância do reto diálogo entre fé e razão pelo bem da sociedade moderna e, olhando depois a todo mundo, para a possibilidade de diálogo com as outras culturas".
"O clima de acolhida foi maravilhoso e, naturalmente foi crescendo com os dias, como acontece em todas as viagens do Papa. Bento XVI estava evidentemente muito satisfeito, em certos momentos intensamente comovido", comentou.