Durante a Reunião para a revisão global a médio prazo da realização do Programa de Ação para os Países Menos Adiantados (BPOA) durante a década 2001-2010, que se celebra em New York, o observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, Dom Celestino Migliore, disse que os muros não deterão as milhões de pessoas que arriscam sua vida para escapar da "ditadura da pobreza"

"Faz 20 anos, a opinião pública se comoveu com aqueles que arriscavam suas vidas saltando muros que os aprisionavam nos regimes ditatoriais. Hoje, milhões de pessoas arriscam as suas escapando da ditadura da pobreza. Os muros não os deterão", disse o Arcebispo no encontro realizado nos dias 18 e 19 de setembro.

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Por seu bem e pela prosperidade de todos nós, os países mais desenvolvidos e os menos adiantados devem pôr em prática políticas efetivas como as de BPOA, para que os cidadãos dos países menos adiantados decidam livremente permanecer em seu lugar de origem, onde possam obter condições de vida e de emprego que se possam definir realmente dignas", afirmou.

Durante seu discurso, o Núncio lembrou deste modo que a Igreja Católica "empreendeu na última década numerosas iniciativas para sensibilizar a todos seus membros e a todos os seres humanos de boa vontade sobre a responsabilidade comum em relação com os problemas derivados do comércio e a financia internacionais" e "a Santa Sé continua animando a comunidade internacional, sobretudo os países mais desenvolvidos e aos de rendimento médio a apoiar a realização do BPOA e pede um ato de solidariedade".