VATICANO, 20 de set de 2006 às 23:59
"Nossos sacerdotes devem ter em nós ao pai, mestre, amigo e irmão que necessitam e merecem encontrar para se sustentar, defender-se e serem alentados em seu sagrado ministério e no caminho à santidade sacerdotal", afirmou o Cardeal Darío Castrillón Hoyos, Prefeito da Congregação para o Clero.Diante dos bispos que participam de um seminário de estudos no Vaticano, o Cardeal ofereceu a exposição intitulada "A paternidade do bispo sobre seus sacerdotes".
O Cardeal indicou que "sem dúvida a efetividade da Nova Evangelização a que todos estamos chamados depende também deste espírito de paternidade que deve existem entre nós e nossos sacerdotes já que conformamos um só corpo sacerdotal, embora destinado a distintas tarefas, permeado pelo espírito de serviço e confiança mútua".
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Dado que o bispo compartilha "a própria consagração de Cristo e sua missão", a paternidade para ele não é uma opção individual, é na realidade "um dom sacramental e um mistério da graça em Cristo. Isto significa que a paternidade do bispo concerne aos três aspectos de seu ministério: ensino, santidade e governo", precisou o Cardeal.
"Somos pais -prosseguiu- porque geramos espiritualmente a transmissão do sacerdócio em Cristo através da imposição das mãos. Somos pais porque com nossa vida a serviço da animação das almas, nutrimos nos homens o nascimento das vocações sacerdotais e exitosamente garantimos neles os meios para sua vida sacerdotal, apostólica e missionária".
O bispo deve ser o primeiro a demonstrar com sua vida "a primazia do ser sobre o fazer", continuou o Cardeal Castrillón e finalmente mencionou que para a formação na atividade missionária, um aspecto essencial é "o acompanhamento paterno e fraterno na vida ministerial dos sacerdotes" de parte dos bispos.