VATICANO, 28 de set de 2006 às 10:31
Ao receber nesta manhã as credenciasi de Hans-Henning Horstmann, novo embaixador da República Federal da Alemanha na Santa Sé, o Papa destacou a necessidade de que em sua terra natal se mantenha a identidade cristã e a abertura a Deus.O Pontífice se referiu, durante seu discurso, ao tema da missão universal da Santa Sé, que "quer trabalhar com todos os seres humanos de boa vontade ao serviço da pessoa e de sua dignidade, integridade e liberdade", destacando que o centro de solicitude pastoral da Igreja é a salvação do ser humano e da sociedade humana.
"A fé em Jesus Cristo que a Igreja anuncia acontece somente pela liberdade. Daí que a tolerância e a abertura cultural devam caracterizar o encontro com os demais".
"Mas a tolerância não deve jamais se confundir com a indiferença, porque toda forma de indiferença se opõe radicalmente ao interesse cristão pela pessoa e sua salvação", esclareceu o Pontífice.
"A tolerância da qual temos necessidade urgente compreende o temor de Deus, o respeito do que para outros é sagrado –afirmou citando as palavras da homilia que pronunciou na Neue Messe de Munique–. Mas o respeito para o que para outros é sagrado pressupõe que nós aprendamos novamente o temor de Deus. Este sentido de respeito só pode ser regenerado no mundo ocidental se crescer de novo a fé em Deus, se Deus estiver presente de novo em nós", acentuou.
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Falando das relações entre a República Federal da Alemanha e a Santa Sé, o Papa citou em primeiro lugar a proteção do matrimônio e da família, observando que a legislação considera válidas novas formas de família que ameaçam a integridade dessa instituição.
Outra preocupação constante é o aborto, assim como os problemas éticos no âmbito da pesquisa com células-tronco e das novas terapias.
Finalmente, Bento XVI lembrou que a Alemanha tornou-se nova pátria para tantas pessoas, ameaçadas em seus países de origem por motivos religiosos ou políticos. Neste contexto, o Papa pediu que o direito de asilo fosse garantido segundo o princípio de justiça e reafirmou o pedido da Santa Sé por uma promoção adequada da integração.