VATICANO, 29 de set de 2006 às 11:46
Ao dirigir-se aos bispos de Malawi, que acabam de concluir sua visita "ad limina", o Papa Bento XVI assinalou a importância de lembrar às vocações que o sacerdócio é um caminho de serviço e não um meio de progresso social pessoal.
O Pontífice assinalou que a riqueza litúrgica do povo “expressa a grande vitalidade de suas comunidades cristãs e reflete o predomínio da população jovem”; mas exortou aos bispos a seguir guiando a seus fiéis com “solicitude paternal na procura de um conhecimento mais profundo do Senhor Crucificado e Ressuscitado e lhes dando sempre uma sólida catequese”.
“Em um mundo dominado pelos valores da secularização e o materialismo –advertiu o Papa- pode ser difícil manter o estilo de vida contracorrente tão necessário no sacerdócio e a vida religiosa. Em vosso país, o clero, assim como aqueles que recebem os ministérios, às vezes se encontram em situações de necessidade já que carecem dos meios necessários para seu honesto sustento e as obras de apostolado e caridade”.
O Santo Padre expressou sua esperança firme em que “farão quanto for possível para abastecer às necessidades legítimas de seus colaboradores, pondo-os em guarda, ao mesmo tempo, do interesse excessivo pelos bens materiais. Ajudem a seu clero a não cair na armadilha de pensar que o sacerdócio é um meio de avanço social, lembrado-lhes que ‘a única ascensão legítima para o ministério do pastor é a Cruz’”
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“Os formadores dos seminários têm que ensinar aos estudantes que o sacerdote está chamado a viver para outros e não para si mesmo”, adicionou.
“Não deixeis nunca de proclamar a verdade ‘com ocasião e sem ela’, porque ‘a verdade vos fará livres’”, -concluiu o Papa.