O Presidente da Associação Pró-vida de Anápolis, Pe. Luiz Carlos Lodi, lembrou que a candidata ao Senado e atual deputada, Jandira Feghali, cujos advogados tentaram calar o Arcebispo do Rio de Janeiro e os sacerdotes locais, sim tem uma trajetória abortista.

O Pe. Lodi precisou que durante seu mandato como deputada federal, "Jandria Feghali nunca ocultou seu propósito de liberar e descriminalizar o aborto no Brasil. Como relatora do Projeto de lei 1135/91, Jandira Feghali apresentou um substitutivo que pretendia revogar todos os dispositivos do Código Penal que incriminam o aborto com o consentimentos da lhe gerem. Convertido em lei, tal substitutivo permitiria a prática do aborto durante os nove meses de gestação".

"Nestas eleições, esperaria-se que a deputada divulgasse abertamente o que fez no Congresso. Se fosse algo bom, por que então ocultá-lo?", questionou o sacerdote sobre a atitude da Feghali que pretende ser distanciar do termo abortista.

O Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Eusébio Scheid, negou-se a assinar uma ordem judicial que lhe exige silenciar os sacerdotes de sua jurisdição em matéria de defesa da vida, a pedido dos advogados de uma candidata abortista.

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Há alguns dias foram distribuídos panfletos em diversas igrejas e paróquias da Arquidiocese nos que se denuncia a postura anti-vida da candidata. Os advogados de Feghali pediram ao Tribunal Regional Eleitoral que ordenasse uma busca dos panfletos na sede arquidiocesana; a busca se realizou na semana passada mas não encontraram nada.

Em seguida, o Cardeal Scheid recebeu uma ordem judicial para que pedisse a todos os párocos e sacerdotes celebrantes, "abster-se de qualquer tipo de comentário ou referência político-ideológica, sob pena de caracterizar-se em desobediência". Pouco depois, o Tribunal se retratou.

O Padre Lodi afirmou que "os panfletos aludidos, recolhidos por ela, não fazem referência alguma à Arquidiocese do Rio de Janeiro. São assinados pela ‘Frente carioca pela vida’, grupo que tem um blog na Internet. Por que escolher a Igreja Católica como alvo?"

Finalmente assinalou que "impedir bispos e párocos de falar contra o aborto é um disparate jurídico, pois no exercício regular de seus direitos, eles têm o poder e o dever de instruir os católicos a negar seu voto a qualquer candidato declaradamente a favor do aborto".