O Bispo de São Luis, Dom Luis Lona, criticou a recente Lei de Educação Sexual Integral, aprovada pela Câmara de Senadores da Nação, e insistiu às autoridades argentinas a procurar claridade frente a uma "norma legal ambígua, que evita definir os critérios que guiarão sua aplicação".

Ao condenar que a norma obrigue os centros educativos privados e públicos do país a ditar conteúdos incompletos da sexualidade, o Prelado questionou que no recente debate a maioria legislativa tenha omitido e adiado os planos curriculares básicos sobre o tema.

"Esta norma divide os cidadãos argentinos em duas categorias: Os que poderão obter para seus filhos uma educação sexual de acordo com suas convicções, enviando-os ao colégio particular que as respeite, e a de quem ao não poder acessar a anterior situação, verão-se obrigados a submeter-se ao juízo de uma eventual maioria, nos colégios de gestão estatal", anotou.

Dom Lona estimou também que ao se criar leis que não se aperfeiçoam em sua aplicação a que mais sofre é a família argentina, que nos últimos anos vem padecendo de uma forte crise com conseqüências incalculáveis.

"Essa crise se deve em grande parte à anti-educação sexual que recebemos todos nos últimos vinte anos. É a anti-educação da cultura do egocentrismo hedonista, que se difunde pelas modernas tecnologias da comunicação, e que recebe um apoio cada vez maior do poder político mundial", acrescentou.

O Bispo de São Luis reiterou que uma verdadeira educação sexual integral significa que Deus criou a sua imagem e semelhança para que nossa liberdade possa nos elevar à comunhão do amor. "É educação para confiar na própria liberdade e exercê-la verdadeiramente. É a educação para o matrimônio, que permite à criança menino e ao jovem crescer e amadurecer no amor", concluiu.

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