Depois da grandiosa marcha que reuniu mais de dez mil pessoas nas ruas da capital nincaragüense para defender a vida dos não nascidos, o Presidente da Assembléia Nacional, o sandinista René Núñez, ofereceu reformar o Código Penal para proibir todo tipo de aborto no país.

"Comprometemo-nos com vocês, com os bispos e a Igreja Católica da Nicarágua e com os pastores da igreja evangélica, a procurar o caminho mais rápido que neste caso seria a reforma do Código Penal vigente", sustentou Núñez do lado de fora do Congresso.

A manifestação respondeu a uma proposta de incluir o chamado "aborto terapêutico" na Constituição do país.

"O aborto terapêutico é uma porta para que na Nicarágua o aborto seja legalizado, como infelizmente fo feito em outros países", recordou há algumas semanas Dom Miguel Mántica, Vigário Episcopal para a formação do Clero, e um dos responsáveis pela marcha.

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Os manifestantes foram liderados pelo Arcebispo de Manágua, Dom Leopoldo Brenes, e vários pastores protestantes.

O Legislativo ainda tem um projeto de lei não discutido, que confirma o aborto terapêutico com o juízo de três facultativos e o consentimento do cônjuge ou dos familiares mais próximos. Mas segundo o oferecimento de Núñez, este seria descartado.

Em plena campanha eleitoral, o Fronte Sandinista de Liberação Nacional que apoiava o aborto agora se mostra contrário à prática.

Um grupo de feministas e abortistas convocou para hoje terça-feira um plantão frente à sede do Parlamento para exigir que a proposta de aborto terapêutico siga adiante.